O câncer é uma doença que precisa ser descoberta cedo para que o tratamento seja possível e estudar o DNA, é o começo do caminho para o diagnóstico da doença. Se o DNA é o responsável por coordenar o desenvolvimento do corpo humano e pode sofrer alterações em sua sequência ou estrutura, por que não estudá-las mais a fundo? Assim, a investigação genética, que leva o nome de oncogenética pelos seus criadores, vem conquistando cada vez mais espaço no entendimento das mutações que levam ao surgimento de tumores para muito além dos componentes hereditários.
Entender as alterações moleculares das células cancerígenas pode não só fazer a diferença no diagnóstico precoce, como influenciar todo o processo de tratamento. Com base nessa percepção, cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSKCC), de Nova York (EUA), fizeram o sequenciamento genético das células tumorais de mais de 10 mil pessoas, a partir de biopsias dos tumores. A pesquisa apontou que em 37% dos casos avaliados havia ao menos uma mutação genética com indicação de tratamento com medicações disponíveis no mercado.
O estudo também mostrou que outra parcela importante dos pacientes poderiam se beneficiar da imunoterapia de acordo com os dados do sequenciamento. Essa descoberta é especialmente importante por lançar luz sobre possibilidades de tratamento para indivíduos que não obtiveram boas respostas a diferentes terapias tradicionais.
Entenda como funciona a oncogenética
Para o teste de identificação de possíveis alvos terapêuticos, é recolhido o DNA da amostra de tumor em bloco de parafina (produto de uma biópsia ou de cirurgia) . A partir desta investigação é possível determinar com maior precisão os tipos de tratamento para os quais o paciente é elegível. Assim, as chances de resposta positiva à terapêutica são maximizadas.
O estudo de plataforma genômica para teste de mutação no tumor analisa especificamente a célula cancerígena a fim de entender quais as principais alterações moleculares e definir o tratamento adequado ao caso, que faça a diferença para o paciente na hora de combater a doença.
Fonte Grupo Oncoclínicas e IdenGene
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