Quem nunca teve a sensação de que 24 horas não são suficientes para cumprir todas as tarefas de um dia? Ou, no réveillon, comentou: “Esse ano passou voando”? Por outro lado, todo mundo já vivenciou um momento no qual a impressão era de que o tempo não passava de jeito nenhum.
Segundo o dicionário, o tempo pode ser definido como “período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem; continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro); o que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos”. No entanto, sabendo da teoria, como explicar os instantes em que um minuto é diferente do outro dependendo da situação em que estamos inseridos?
Previous Next Contexto: “O tempo tem duas vertentes: o real (aquele que é possível colocar na agenda, administrar e priorizar) e o subjetivo. O segundo proporciona os momentos em que o indivíduo está tão dentro dele mesmo que as horas passam muito rápido ou muito devagar, de acordo com a subjetividade e o que está acontecendo”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Maura de Albanesi. A profissional acrescenta que, muitas vezes, é por isso que as pessoas não conseguem organizar o tempo real, visto que é sempre influenciado pelo subjetivo. (Foto: Shutterstock) Prazer x Tédio: quando nos dedicamos a algo prazeroso, ficamos entretidos e distraídos, transmitindo a impressão de que o tempo passou mais rápido, sem que fosse percebido. Isso porque o cérebro, quando estimulado positivamente, libera dopamina, neurotransmissor responsável pelo controle das sensações de bem-estar e humor. Outro fator capaz de provocar esse efeito é a rotina, uma vez que as informações costumeiras são processadas rapidamente pelo cérebro. Em contrapartida, o tempo parece passar bem mais devagar quando realizamos atividades que nos desagradam ou causam tédio. Além disso, novos conhecimentos demoram mais para serem entendidos pela mente, produzindo a mesma sensação. (Foto: Shutterstock) Modernidade: antigamente, a expectativa de vida das pessoas era muito menor do que a dos dias atuais. Portanto, elas tinham menos tempo - ainda mais com a quantidade de informações disponíveis atualmente. O acúmulo de informação faz com que exista a ideia de que o tempo está passando muito rápido, e a nossa mente não tem a capacidade de registrar tudo isso, por mais que seja extremamente potente. Então, temos como resultado essa afobação, essa sensação de não dar conta de assimilar tudo o que vem até mim e tudo o que eu tenho disponível. (Foto: Shutterstock) Idade: em uma viagem, é comum que as crianças fiquem ansiosas e perguntem a cada minuto “vai demorar muito para chegar?”. E não é culpa delas! Em 1897, o francês Paul Janet formulou sua teoria: na medida em que envelhecemos, temos a sensação de que o tempo passa mais rápido. Para entender essa afirmação, a conta é simples. A escala é de 1:100. Para um bebê de um ano, esse período significa 100% da sua vida; com dois anos, 50%, e assim sucessivamente. Então, conforme uma pessoa envelhece, um ano significa cada vez menos para ela, consequentemente, passa mais rápido. Para uma criança, a semana que ela espera para receber o presente de Natal representa um tempo muito mais longo do que para um adulto. (Foto: Shutterstock) Texto: Érika Alfaro
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