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Os estudos da medicina convencional ainda tentam entender os mecanismos das cirurgias espirituais. Mas as respostas ainda parecem longe de serem alcançadas
- (Foto: Shutterstock)

Descubra o que a medicina convencional diz sobre as cirurgias espirituais

Os estudos da medicina convencional ainda tentam entender os mecanismos das cirurgias espirituais. Mas as respostas ainda parecem longe de serem alcançadas

A afinidade entre saúde e religião é narrada desde o surgimento dos primeiros documentos históricos. Na trajetória da humanidade, os médicos pioneiros foram sacerdotes, curandeiros e xamãs. Os anos passaram e nem mesmo o desenvolvimento da medicina como ciência desfez essa relação. Pelo contrário: durante a Idade Média, os hospitais que surgiam no Ocidente tinham não somente clérigos e outros membros como médicos, mas também eram construídos e mantidos por instituições religiosas, em prol da população em geral.

Especificamente, a psiquiatria e a psicologia, da Antiguidade até a Idade Média, estiveram entrelaçadas com o plano espiritual. Interpretações naturais, somáticas, psicológicas e sobrenaturais existiram concomitantemente sem nenhuma conflagração. Contudo, há pouco mais de cem anos, a progressão da ciência gerou uma ruptura.

Afinal, é difícil assegurar que os fenômenos sobrenaturais acontecem de fato. Segundo os acadêmicos, conduzir estudos e pesquisas que têm por objetivo investigar a fundo eventos mediúnicos é uma empreitada de risco. “Quando você se livra de toda a porcaria falsa (algo em torno de 95% dos casos), o resíduo deixado parece ser algo real”, confessou em uma publicação Robert Schoch, professor de ciências naturais da universidade de Boston

A separação da medicina e da religião é um acontecimento moderno, em divergência com a opinião da sociedade, que considera que as duas devem caminhar juntas e que sua combinação pode ser auspiciosa para as pessoas – os adeptos das cirurgias espirituais que o digam. Embora gerem acentuado interesse em milhões de pessoas ao redor do mundo, estes procedimentos permaneceram ignorados pelo ponto de vista científico durante um bom tempo.

Embate

Para a ala mais cética, não há discussão: a eficiência das curas pelo espírito é atribuída ao efeito placebo e/ou à remissão espontânea. Para outra parte dos profissionais, porém, os resultados positivos podem ser autênticos, principalmente se atrelados ao próprio tratamento médico convencional. Como todas as terapias complementares, o assunto é polêmico e cria grande divergência de opinião entre a população, a mídia e os pesquisadores, conforme explicam Raimunda Neves de Almeida Couras e Berta Lúcia Pinheiro Klüppel, em trecho retirado do artigo As cirurgias espirituais como catalisadoras de cura.

“Os pesquisadores, muitas vezes, se baseiam apenas em trabalhos que foram selecionados por corroborarem seus pontos de vista, ignorando os resultados contrários. É possível notar que a maior parte dos conceitos emitidos provém de opiniões preconcebidas, favoráveis ou desfavoráveis, moldadas nas convicções pessoais de cada um. Um importante fator para o desconhecimento científico das cirurgias espirituais é a omissão dos pesquisadores em estudá-las, o que é muitas vezes fruto de um intransigente ceticismo. Concorda-se com a necessidade de que investigações na área sejam necessárias e que deva-se diferenciar o que é eficaz do que é inútil e prejudicial”, avaliam as pesquisadoras.

Até o momento, a medicina como um todo ainda se mantém alinhada com o método científico. Isso significa que o tratamento espiritual não pode ser provado – pelo menos por enquanto. Afinal, algumas escolas médicas ao redor do mundo, sobretudo nos Estados Unidos, já oferecem cursos que unem conceitos espirituais com as práticas da profissão. E os números provam a tendência: no ano de 1992, a AMA (Associação Médica Americana) constatou que 2% das faculdades de medicina ianques possuíam matérias voltadas à espiritualidade. Na pesquisa realizada em 2004, esse número saltou para 67%. Outros estudos na área continuaram sendo realizados e apontam para mais resultados favoráveis na direção da união entre medicina e espiritualidade.

Perguntas sem respostas

Foto em preto e branco de uma mulher deitada, como se estivesse passando por cirurgias espirituais

(Foto: Shutterstock)

No movimento espírita, muitos desses profissionais se agregam em associações chamadas AME (Associação Médico-Espírita), havendo inclusive a Associação Médico-Espírita Internacional. E também há muitas pesquisas científicas cujas conclusões alegam ser real a eficácia de tratamento espirituais, como a realizada por Frederico Leão e Francisco Lotufo, psiquiatras da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que constataram uma melhora dos aspectos clínicos e comportamentais de “40 pacientes portadores de deficiências mental e múltiplas”

Eles foram submetidos a um tratamento espiritual realizado através de reuniões mediúnicas. Como resultado do estudo, os autores sugerem a “aplicação do modelo de prática das comunicações mediúnicas como terapias complementares”. Por sua vez, a pesquisa denominada Cirurgia Espiritual: uma investigação, desenvolvida pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora, concluiu: “As cirurgias são reais, mas, apesar de não ter sido possível avaliar a eficácia do procedimento, aparentemente não teriam efeito específico na cura dos pacientes. Sem dúvida, nossos achados são mais exploratórios que conclusivos. São necessários posteriores estudos para lançar luz sobre esse heterodoxo tratamento”.

O problema é que a verificação prática de que as cirurgias espirituais são ilegítimas costuma ser rebatida com alguns argumentos: a falta de fé do paciente no próprio tratamento, a suposta “necessidade” espiritual da doença para a evolução do espírito ou, ainda, as circunstâncias do ambiente prejudicando o emocional do médium, interferindo em seu desempenho. Em outras palavras, nenhuma das justificativas para a ineficácia podem ser consideradas epistemológicas.

Legislação

Aos olhos da lei brasileira, as cirurgias espirituais podem dar cadeia. Isso porque o Código Penal Brasileiro pode enquadrar os adeptos no artigo 282, que condena a prática ilegal de medicina, e também no 283, que condena anúncios de cura por “método secreto ou infalível”. O artigo 284, por sua vez, prevê condenação por curandeirismo, “usando gestos, palavras ou qualquer outro meio”, e “fazendo diagnósticos”. Porém, na prática, as acusações contra espíritas são raras – e as condenações, mais ainda.

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