Localizado atrás do estômago e entre os órgãos duodeno e o baço, o pâncreas possui aproximadamente 15 centímetros de comprimento e é considerado uma glândula importante para a digestão, além de ser responsável pela produção de insulina – hormônio encarregado de levar a glicose até as células. Esse ciclo seria perfeito se não existissem casos nos quais a glândula deixa de produzir o hormônio, acarretando no desenvolvimento de diabetes. Quando o pâncreas não dá mais conta de manter os níveis de glicemia estáveis, é preciso haver uma reposição. “A insulina injetável é indicada quando há um problema na produção, a ponto de impossibilitar o controle adequado do diabetes. Assim, no tipo 1 sempre será necessária e, no tipo 2, quando as mudanças no estilo de vida e medicações não forem suficientes para controlar a doença”, esclarece o clínico geral Paulo Camiz.
Principais tipos de insulina
As insulinas podem ser diferenciadas pela velocidade com que são injetadas e absorvidas pelo organismo. Por isso, é possível encontrar os tipos abaixo:
*Ação rápida
Caracterizada por uma solução clara de aspecto límpido e transparente, essa insulina tem ação em 30 minutos e seus efeitos se prolongam até 8 horas.
*Ação intermediária
De aparência turva, o líquido age, aproximadamente, 1h30 após a sua aplicação e tem um tempo de ação de até 20 horas. Essa insulina é conhecida como NPH.
*Pré-misturada
São preparações da mistura da insulina de ação rápida e intermediária. O início da ação é de aproximadamente 30 minutos e seus efeitos podem ser sentidos até 20 horas após a aplicação.
Dicas para aplicar
Se o médico indicou a reposição do hormônio, é preciso prestar atenção no tipo de insulina prescrita e nas doses recomendadas, a fim de evitar uma hipo ou hiperglicemia. As doses só devem ser alteradas se o especialista assim o fizer.
*Desde o desenvolvimento da insulina humana, as tradicionais seringas e agulhas tornaram-se cada vez mais finas,deixando o processo quase indolor. Também existe no mercado a opção por canetas, que são bem mais modernas que as seringas, proporcionando a aplicação exata das doses de insulina. Para que o hormônio desempenhe o seu papel, ele deve ser aplicado no tecido subcutâneo, uma camada de gordura localizada logo abaixo da pele. Por isso, é preciso atenção na hora de escolher o tamanho da agulha. Existem opções específicas para crianças, pessoas mais magras ou gordas. Provavelmente, o médico especialista fará a indicação correta para cada paciente.
*Antes de aplicar a insulina, é importante lavar bem as mãos com água e sabão, assim como passar um algodão com álcool na região escolhida para a picada. Uma vez iniciada a aplicação, injete a insulina lentamente e, quando acabar, conte até dez para retirada da agulha. Depois, pressione o local com um algodão seco, mas sem massagear.
Consultoria: Paulo Camiz, clínico geral
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