Dormir é necessário. É durante o repouso que o corpo recupera as energias, libera hormônios, entra em equilíbrio. Ao ficar longos períodos sem o repouso noturno, o corpo sofre por dentro e por fora. De 30 a 50% da população mundial sofre de insônia e para outros 10%, o problema é crônico. Mas os malefícios não são causados apenas pela insônia, que é a privação involuntária do sono. Ficar uma noite inteira longe da cama, seja para se divertir na balada, estudar, trabalhar ou simplesmente relaxar com uma sessão de filmes e pipoca também pode prejudicar a saúde. Confira!
Que fome!
Além de perder o controle do açúcar no sangue, o corpo produz menos lepitina, hormônio que controla o apetite, e mais grelina, que aumenta a fome. Assim, durante o dia, bate aquela vontade de devorar coisas gordurosas e cheias de açúcar. É durante o sono que o organismo libera o hormônio GH, conhecido como “hormônio do crescimento”. Entre outras funções, o GH retarda o envelhecimento. Por isso, fica mais fácil aparecerem as rugas, que são intensificadas pelo estresse.
No coração…
Com a insônia, o corpo produz em maior quantidade o cortisol, hormônio do estresse, que comprime as artérias, elevando a pressão e acelerando os batimentos cardíacos. Com o tempo, podem surgir problemas graves, já que as artérias ficam endurecidas.
Neurônios exaustos
“A privação do sono pode prejudicar a qualidade de alerta da pessoa e provocar mal-estar físico e mental, comprometendo atividades diurnas. Se o problema é a insônia crônica, o mal-estar é contínuo”, explica a neurologista Carla Jevoux. Cansados, os neurônios não conseguem transmitir informações de forma eficiente, afetando memória, atenção e concentração. Pesquisa da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, revelou que ficar sem dormir prejudica o desempenho cognitivo. Outro estudo norte-americano, da Universidade de Princeton, mostrou que a insônia prejudica a produção de novos neurônios.
Menos insulina
O desequilíbrio do corpo causado pela insônia reduz a produção de insulina, hormônio necessário para as células absorverem glicose, que passa a circular em excesso no sangue. Isso prejudica os diabéticos e aumenta os riscos de desenvolvimento da doença em quem não a tem.
Consultoria Carla Jevoux, neurologista
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