Ao dormir, o corpo e a mente descansam, ajudando no bem-estar do organismo e preparando o corpo para a rotina do dia seguinte. Porém, algumas pessoas apresentam o quadro de insônia, ou seja, têm problemas para dormir ou manter o sono. Assim, há uma série de prejuízos na vida do paciente, desde obesidade, diabetes e hipertensão arterial, até doenças mentais como depressão, ansiedade e oscilações de humor. E, segundo estatísticas e pesquisas, a insônia atinge mais mulheres do que homens. Que tal saber mais sobre isso?
Principais motivos
De acordo com o psiquiatra Douglas Motta Calderoni, as mulheres sofrem mais com alterações hormonais, hipotireoidismo, depressão, ansiedade e fibromialgia, sendo que essas patologias estão muito associadas à insônia. Além disso, as alterações hormonais ao longo do dia, seja no período da TPM (tensão pré-menstrual), na gestação, na menopausa ou até mesmo na fase pós-parto contribuem para que a insônia afeta mais as mulheres.
Outro indício que poderia explicar o fato de que a insônia atinge mais mulheres é que, possivelmente, o público feminino tenha também uma predisposição genética a esse problema. Isso acontece devido às preocupações com o trabalho, com os filhos e com a casa, além de outros problemas como estresse, ansiedade e até mesmo dores causadas pela enxaqueca, dificultando o relaxamento do cérebro.
Ajuda da meditação
Um estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que a prática de meditação conhecida como mindfulness (em português, atenção plena) tem efeitos positivos no combate à insônia, no caso de mulheres que usam medicamentos controlados para dormir.
Para chegar a esse resultado, foram analisadas 16 mulheres que apresentavam histórico de uso prolongado de medicamentos para dormir. Metade do grupo realizou encontros semanais de técnicas de meditação, enquanto a outra parte participou apenas de palestras e rodas de conversa sobre o uso de tranquilizantes. Após dois meses, 75% das mulheres que fizeram técnicas de meditação conseguiram parar de usar as medicações.
Consultoria Douglas Motta Calderoni, psiquiatra
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