A ciência prova: escolher, errar e se arrepender pode ser positivo

Quando excessivos, a culpa e o perfeccionismo geram disfunções que acarretam em ansiedade. Mas errar também pode trazer aprendizados!

- (Foto: Shutterstock)

“O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove”. A frase de Fernando Sabino, escritor e cronista brasileiro, reflete uma situação que sempre nos deparamos em nossa trajetória. Pode parecer clichê, mas viver é estar sujeito a errar, fazendo escolhas que podem implicar em perdas.

Todos os dias somos colocados em situações que exigem decisões, e pesquisas apontam que esse contexto no qual somos inseridos não causa apenas nostalgia, como ressalta Sabino, mas também um mal muito popular nos dias de hoje: a ansiedade.

Apesar disso, nesse caso, a sabedoria popular está do nosso lado. “Há males que vem para bem”. “Não adianta chorar pelo leite derramado”. Quem nunca ouviu essas frases de consolo em momentos de nervosismo? Pois tenha em mente que elas podem ser verdadeiras – e isso só depende de você. O processo de escolha, que traz perdas como consequência e exige que se abra mão de alguma coisa, é natural. E erros acontecem, já que os seres humanos são imperfeitos. Não adianta chorar, sofrer pelo o que já foi apenas ocupará o tempo presente.

Errar pode ser bom

Quando existe a consciência e a confirmação de que uma escolha foi errada, ou não foi a mais acertada entre tantas outras, que aquilo que deixamos era melhor do que recebemos, a atitude mais adequada e aconselhável é a positiva. Uma falha pode – e deve – ser vista como uma oportunidade para tomar decisões mais conscientes no futuro. “Aprender com os erros é uma das capacidades que nos torna mais adaptativos a ambientes complexos”, ressalta André Luiz Moreno, psicólogo especialista em terapia cognitivo-comportamental. Apesar de sempre ouvirmos que errar é ruim, a maneira com que olhamos para essa situação aparentemente negativa pode mudar tudo.

Viés científico

O cérebro tem duas reações rápidas quando fazemos algo errado. Primeiro, o sinal que reconhece o equívoco e, logo em seguida, acontece aquele que conscientiza o indivíduo do erro e indica que ele já está pensando em como consertá-lo. Essas duas respostas cerebrais acontecem cerca de um quarto de segundo depois da falha. Baseados nessas informações, cientistas da Michigan State University, em um artigo publicado na Psychological Science, afirmaram que a atitude de uma pessoa frente a um erro pode dizer como esse influenciará em tentativas futuras – ou seja, se o erro servirá como ensinamento ou não.

A investigação foi feita quando voluntários receberam alguns testes, como aqueles de atenção, simples, mas que por serem feitos repetidamente acabam por deixar as pessoas mais suscetíveis ao erro. De acordo com as reações cerebrais dos voluntários, os pesquisadores concluíram: quem pensava que a inteligência poderia ser desenvolvida e acreditava no aprendizado extraído de erros tinha aquela segunda reação – de aceitar o deslize e já pensar em corrigi-lo – em maior intensidade. Dessa forma, nos próximos testes, o índice de acerto dessas pessoas era bem maior.

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