A palavra base da relação entre pais e pediatra é a confiança. Esta confiança é construída pouco a pouco, no tempo dedicado pelo profissional a cada paciente. Sem dúvida, confiar no médico reduzirá as tensões da mãe e, consequentemente, de toda a família.
Segundo a pediatra Beatriz Vorschirm Brocky, o mais importante na escolha do pediatra de um filho é a confiança que este profissional inspira. “A mãe deve buscar aquele pediatra que explique direito as questões sobre a saúde do filho, que lhe dê liberdade de telefonar a qualquer hora, enfim, que lhe dê apoio a qualquer momento.” Mesmo que os telefonemas ocorram durante a noite e, aparentemente, por algo sem muita gravidade, o que a mãe quer mesmo naquele momento é dividir aquela insegurança com alguém. Então, o pediatra é quase que um psicólogo, pronto para ouvir e compartilhar o problema.
Conhecer para confiar
É importante que a futura mamãe conheça o médico que estará com ela na hora do parto e que será o primeiro a cuidar do bebê, que é o neonatologista. “A mulher deve pedir ao obstetra para apresentar sua equipe antes do parto, deve saber qual é a função deles, buscando informações para ficar mais tranquila”, explica a médica.
Além do neonatologista, a mãe também precisa escolher o pediatra que cuidará de seu filho dali por diante. “As mães de primeira viagem geralmente escolhem o pediatra por recomendação de alguma amiga ou de outra mãe de filhos pequenos, ou de acordo com seus convênios e localização dos médicos.”
Quando ligar para o pediatra
A partir do momento em que o pediatra deu liberdade para os pais ligarem, ou se tem alguma dúvida, pode-se telefonar para ele. Em geral, o médico pede aos pais para dar um retorno das consultas, para saber como foi a reação de determinado remédio, por exemplo.
Só devem ligar de madrugada para o pediatra para tirar uma dúvida de urgência. Não adianta ligar durante a madrugada para algo que só poderá ser resolvido no dia seguinte. A médica enfatiza: “Quando a mãe liga para o pediatra de dia ou à noite, é porque é importante para ela. Além disso, ela precisa dividir essa insegurança e quer que alguém diga se está certa sobre o procedimento adotado em relação ao bebê. Ela quer compartilhar esta apreensão com alguém, quer apoio”.
“O médico é responsável pelo paciente que está dentro do consultório, e não por aquele que está na sala de espera. Assim, é importante que se permita que a mãe pergunte tudo o que deseja saber e que o médico também pergunte tudo o que precisa saber. Com esta conversa franca, as mães saem do consultório com um astral melhor. É importante dar a elas a confiança no tratamento”, conclui a pediatra.
Matéria publicada na revista Guia do Bebê Fisher Price, da Editora Alto Astral.
Revisão: Mariana Kohlrausch
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