A ansiedade é uma emoção natural, como o medo. Enquanto o medo é uma reação emocional frente a um perigo presente, real e identificável, a ansiedade é uma reação mais difusa em relação a um perigo futuro e imaginado. E esse quadro se torna perigoso quando a pessoa fica ansiosa com frequência e de maneira muito intensa, podendo ocasionar outros problemas, como a síndrome do pânico. A depressão também pode evoluir para outros distúrbios, comprometendo ainda mais a saúde do paciente. A seguir, conheça as principais doenças que podem surgir a partir da ansiedade ou da depressão.
Síndrome do pânico
Nessa doença, a pessoa costuma ter dois tipos de reação de ansiedade: o ataque que ocorre nas crises de pânico e a ansiedade antecipatória, que ocorre entre as crises, quando a pessoa fica ansiosa com a expectativa de ter uma nova crise. A frequência dos ataques muda de pessoa para pessoa e sua duração é variável, geralmente ocorrendo por alguns minutos.
“No geral, as crises de pânico apresentam pelo menos quatro destes sintomas: taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento, tontura, tremores, náusea ou desconforto abdominal, problemas na visão, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese e ondas de calor ou de frio, além dos sintomas psicológicos de sensação de irrealidade, despersonalização e sensação de iminência da morte”, explica o psicólogo clínico Artur Scarpato.
Insônia
Quando uma pessoa apresenta dificuldades para começar ou manter o sono, pode ser diagnosticada com o quadro de insônia. Esse problema pode atrapalhar o dia a dia, uma vez que o cansaço dificulta a realização das tarefas planejadas, desde as mais simples até as mais complexas.
Também é possível encontrar pacientes com insônia que se queixam da qualidade de seu sono, ou seja, mesmo dormindo uma quantidade de horas considerada satisfatória, esses indivíduos têm a sensação de que o sono não foi reparador. Normalmente, as pessoas com insônia apresentam sintomas como cansaço, mal humor, sono constante e sensação de atordoamento. O problema é que muitos desses indivíduos, mesmo sonolentos, não conseguem dormir a ponto de descansar o corpo e a mente.
Transtornos alimentares
Quadros ansiosos e depressivos podem estar associados a alterações (tanto para mais quanto para menos) do apetite e ingestão alimentar. “Nesse contexto, podemos tanto observar associação deles com episódios de desejo por doces ou outros alimentos, quanto com redução apetite e consequente perda de peso”, conta a psiquiatra Ana Clara Floresi. Dessa forma, a busca por tratamento do transtorno de base, incluindo uma avaliação psiquiátrica, é a melhor forma de controlar sintomas alimentares relacionados a síndromes ansiosas ou depressivas.
Texto: Larissa Mortari
Consultoria: Ana Clara Floresi, psiquiatra; Artur Scarpato, psicólogo clínico
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