Quem nunca ficou com um soninho no meio da tarde quando estava em uma reunião do trabalho ou até mesmo durante uma aula? Apesar de parecer normal, o bocejo constante e o sono excessivo pode ser uma alerta de que algo não anda muito bem. Confira:
Excesso de sono
Conhecida como hipersônia, o excesso de sono pode prejudicar não só o desempenho nas atividades diárias, mas também aumentar a probabilidade de acidentes, já que o distúrbio ocorre a qualquer momento. De acordo com a especialista do sono, Dra. Luciane Mello, um dos motivos que explica essa sonolência é o uso de alguns remédios e a ingestão de certos alimentos. Além disso, o excesso de sono pode ser originado pelas poucas horas de sono ou por problemas mais graves.
Motivos para o sono excessivo
Os medicamentos mais frequentes que causam problemas com o sono são as drogas, os antialérgicos, antidepressivos, bem como os tranquilizantes. A narcolepsia, a depressão e a apneia do sono também estão associados à vontade de dormir, que consequentemente causará problemas como a obesidade, o estresse e até mesmo o AVC e o infarto.
A narcolepsia pode ser identificada através da presença de paralisias quando o indivíduo acorda, além de alucinações durante a hora de dormir. A causa não é muito conhecida, mas estudos apontam que está relacionada à fatores genéticos. A depressão é caracterizada pela angústia frequente, desânimo e desinteresse pela vida. As causas para esta enfermidade incluem fatores sociais, psicológicos e até biológicos, já que ocorre um desequilíbrio químico nos neurotransmissores do indivíduo.
A apnéia do sono é a obstrução da passagem do ar pela gargante durante o repouso, originando assim a falta de ar e os problemas com o sono. Dentre os sintomas para esta doença estão: engasgos, sono constante, fadiga e refluxo.
Privação do sono
Outra razão para esta situação consiste na chamada privação crônica de sono, onde as pessoas trabalham tanto que se esquecem que o sono regular é extremamente importante para uma vida saudável. Uma das variações da privação é a chamada PCS involuntária, que consiste em situações incontroláveis que causam o excesso de sono, como por exemplo a luz, os barulhos e até parceiros que roncam muito.
Para Luciane, a forma de identificar o problema varia de acordo com cada um: “Existem algumas maneiras de investigarmos o paciente, para quantificar sua sonolência. Uma boa análise com dados de hábitos diurnos e noturnos, além da aplicação de questionários que avaliam a chance de dormir em determinadas situações, é muito útil nessa avaliação. Em alguns casos, as realizações de exames complementares específicos podem contribuir de maneira objetiva”, finaliza a especialista.
A partir do momento em que a doença é identificada, o paciente deve incluir ao seu cotidiano algumas medidas, como por exemplo, o estabelecimento de horários regulados para desenvolver suas atividades, o repouso durante cerca de 20 minutos, de duas a três vezes ao dia, além do tratamento acompanhado por um médico especializado.
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