Não é difícil lembrar as muitas questões sobre as quais o tempo é usado como argumento. Justifica-se que a realidade mudou e, por isso, também o comportamento. “Antigamente, a resposta era certeira quando perguntávamos aos pais o que queriam para um filho: que seja uma pessoa de bem, com sucesso na vida. As famílias de hoje dizem: quero que seja feliz”, diz a psicopedagoga Lidiane Souza. Para a especialista, essa mudança deve ser cuidadosa, pois, apesar do bom e natural desejo dos pais de que os filhos encontrem a felicidade, essa busca desenfreada pode colocar a criança em risco pessoal e social. Confira algumas dicas para educar os filhos e como agir em determinadas situações!
Antes de tudo…
“Criança não nasce obediente ou desobediente. Ela aprende o que ensinamos, dependendo de como agimos e dos estímulos que oferecemos”, explica Lidiane. Dessa forma, os pais precisam decidir dizer “não” e colocar limites, superando a equivocada ideia de que é proibido proibir ou que a correção traumatiza. “Ser firme não significa perder o afeto”, reforça.
Plano de vida
A primeira coisa a fazer é planejar. Os pais devem decidir juntos qual o caminho para educar os filhos, avaliando, inclusive, as falhas. O discurso deve ser único e firme, para que a criança não fique dividida e sinta segurança. Tenha respeito e não faça ameaças. Mostrar as consequências dos atos é a melhor opção.
Alimentação saudável
Os pais são responsáveis por comprar e oferecer os alimentos aos filhos. Por isso, a qualidade do que os pequenos ingerem depende dos adultos. Muitas vezes a criança recusa verduras e legumes e, para contornar, é preciso inovar, negociar e insistir, a fim de que comam de maneira saudável. Se o agrião foi recusado na salada, inclua a verdura em sucos. “Um alimento precisa ser apresentado de 8 a 10 vezes até que a aceitação ocorra”, explica a nutricionista Elaine de Pádua
Hora do banho
Resistir ao banho costuma ser passageiro, por isso, tente não supervalorizar essa fase. “Transforme a ida ao banheiro numa brincadeira, algo lúdico”, orienta a terapeuta familiar Cláudia Cacau Furia César. O mesmo clima de descontração serve para os momentos de trocar a roupa da criança.
Pessoas estranhas
Muitas vezes as crianças sentem-se envergonhadas fora do ambiente familiar, especialmente quando existe contato físico com pessoas desconhecidas. Quando houver resistência para cumprimentar alguém, peça ao pequeno que o faça de maneira branda. Acenar à distância também é uma educada opção.
Xixi na cama
Muito comum e motivo de constrangimento para as crianças, molhar a cama durante a noite é coisa que geralmente passa com o tempo. Mas vale ouvir um especialista para avaliar se não há algum problema orgânico. Além disso, reduza a oferta de líquidos pouco antes da criança dormir e incentive-a quando, pela manhã, a cama estiver seca.
Limites respeitados
É difícil impor regras para um adolescente. Então, busque colocar limites durante a infância, equilibrando o “sim” e o “não”. Se a criança não sai da frente da televisão, videogame ou computador, desligue-os. Isso não causa traumas! Combine e cumpra as regras – são os adultos que costumam quebrá-las.
Atividades equilibradas
Judô, escola, balé, televisão, leitura… Distribua as atividades de acordo com as necessidades e capacidades da criança. “Organizar o tempo será muito útil na vida adulta, capacitando para ser uma pessoa com várias habilidades”, diz Cláudia.
Leitura é diversão
Separar hora de brincar e hora de ler é uma grande bobagem. As duas coisas devem ser vistas como prazer. A melhor maneira de estimular o hábito é dando o exemplo. Por isso, leia com e para o seu filho, leve-o a bibliotecas e ofereça livros.
Qualidade x quantidade
A vida moderna exige que a maioria dos pais esteja ausente durante o dia, por conta do trabalho. Para as mães, a sensação de culpa é ainda mais difícil. “O importante é que os pais valorizem e aproveitem os momentos com os filhos”, orienta a terapeuta. Não tente compensar a ausência com bens materiais: a atenção e o afeto são suficientes para demonstrar aos filhos a importância que têm.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Cláudia Cacau Furia César, terapeuta de família e casal; Lidiane Souza, pedagoga e psicopedagoga; Elaine de Pádua, nutricionista
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