Sabe aqueles objetos eletrônicos que não funcionam mais e que ficam lá no cantinho da casa acumulando poeira? Ou até mesmo aquele aparelho que, para você, não tem mais uso algum, mas que ainda funciona? A bateria e a pilha que acabaram? A lâmpada que queimou? Pois é, não é bom deixar tudo isso dentro de casa sabendo que não são mais úteis. Mas é importante saber desapegar dessas coisas com responsabilidade ecológica.
Segundo o Pnuma, um programa da ONU para o meio ambiente, o mundo vai descartar cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico em 2017. Em 2014, o Brasil gerou aproximadamente 1,4 milhão de toneladas, tornando-se o principal gerador desse tipo de lixo na América latina. A última edição do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), constatou que o total de resíduos sólidos urbanos gerado no país aumentou 1,7% de 2014 a 2015, período em que a população brasileira cresceu 0,8% e a atividade econômica (PIB) retraiu 3,8%. Apesar do aumento, a porcentagem é menor do que em anos anteriores. De acordo com o mesmo estudo reflete um modelo de consumo que aderiu ao descartável e não mudou isso com a chegada da crise econômica.
Locais inadequados
Segundo a Abrelpe, os avanços percebidos pelo setor ainda não são suficientes para reduzir o volume total de resíduos sólidos urbanos que são encaminhados para locais inadequados. Em termos percentuais houve uma melhora relativa de 0,3% em relação ao ano anterior, porém em termos absolutos cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos foram dispostas em lixões e aterros controlados, uma quantidade que é 1% maior do que o montante registrado em 2014. O desafio apresentado ainda é bastante considerável, uma vez que, apesar das determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/2010) e de outras Leis Ambientais, mais de 3.300 municípios ainda fazem uso de unidades irregulares para destinação dos resíduos coletados.