Livre-se do material: saiba como o desapego pode fazer bem a você

Entenda quais são os principais benefícios de você praticar o desapego e não depender dos bens materiais no seu dia a dia

- Foto: iStock.com/Getty Images

Assim como a tese apresentada pela psiquiatra Sofia Bauer, em seu livro Cartilha do Otimismo, a felicidade de possuir bens materiais se mantém por sete semanas, enquanto o mesmo sentimento, provindo das conquistas do ser, dura oito semanas. Esse parâmetro revela como a condição humana de se alegrar com o aprimoramento do seu “eu” pode ser benéfica à saúde, contribuindo até mesmo para o prolongamento da vida. Para entender o ato de emancipação de coisas materiais, ou seja, o desapego, é necessário compreender seu inverso: o apego.

Assim como afirma o neurologista Martin Portner, “o apego pode ser conceituado como a dificuldade de permitir que coisas ou objetos sejam compulsivamente ‘atraídos’ ao interesse de alguém que passa a acumulá-los; e da impossibilidade de, uma vez adquiridos e incorporados à coleção ‘compulsiva’ de bens, serem disponibilizados ao universo”.

Parte do exercício de desapego realizado por pessoas que fazem grandes mudanças em suas vidas, tornando-as mais descomplicadas e minimalistas, é devido à visão que se tem do próximo.  Assim como o psicólogo Bayard Galvão contextualiza, “aprender a perder, muitas vezes, é a melhor maneira de saborear o que você tem”.

Para isso, a pessoa deve fazer questionamentos, como proposto pelo profissional: “Quem tiver muito medo de perder o status que atingiu tenderia a sofrer com esta possibilidade (de perda)?”. Essa atividade possibilita ao indivíduo maior perspectiva daquilo que é benéfico ao outro e a si mesmo por meio do seu desapego.

A foto mostra uma mulher encostada no sofá com os braços atrás da cabeça desfrutando do desapego

Foto: iStock.com/Getty Images

Transforme desapego em altruísmo

As formas de realizar o desapego são muitas. De acordo com o psicólogo Paulo Oliveirah, o poder da meditação pode ser essencial à mudança  de perspectiva. Segundo Paulo, quando enviamos a informação da região central para os lóbulos parentais que atuarão em conjunto para filtrá-la e direcioná-la, posteriormente, para o campo frontal, permite a realização daquilo que foi programado. Isso proporciona ao sujeito uma alteração no ponto de vista, resultando em seu estado de libertação daquilo que a sociedade prega.

Por outra via, muitos desapegados mantêm suas vidas baseadas no altruísmo, ou seja, em atividades que permitem reconhecer o amor ao próximo. É por meio de doação de bens materiais ou tempo dedicado a alguém que certas áreas cerebrais serão estimuladas, provocando a sensação de prazer nos indivíduos. Com ela, o crescimento pessoal é desenvolvido para o patamar de compartilhamento de experiências com outras, em diferentes situações.

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Texto e entrevistas: Rafael de Toledo/Colaborador – Edição: Giovane Rocha

Consultorias: Bayard Galvão, psicólogo clínico, especialista em hipnose e presidente do Instituto Milton Erickson de São Paulo (SP); Martin Portner, médico neurologista, mestre em Neurociência pela Universidade de Oxford, escritor e palestrante; Paulo Sérgio Oliveirah, psicólogo transpessoal e especialista em desenvolvimento humano.

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