Ansiedade: como o transtorno mental tornou-se o mais frequente no mundo?

Medicamentos fitoterápicos, alimentação balanceada e prática de esportes são algumas das alternativas eficazes para combater a ansiedade

- (Foto: Shutterstock)

De mocinha a vilã. É assim que se resume a evolução da ansiedade. Fundamental para o avanço da espécie humana, por ser resposta fisiológica à antecipação dos perigos, ela foi fator importante para que nossos antepassados buscassem abrigos contra predadores, adotassem um sistema de vida em grupo e desenvolvessem estratégias para armazenamento de provisões. Passado o tempo em que estes fatores exigiam do homem a manutenção da mente sob um estado permanente de alerta, tornou-se um dos principais vilões da vida moderna, interferindo negativamente na rotina de milhares de pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre os transtornos mentais, os de ansiedade são os mais frequentes: 264 milhões de pessoas sofrem com o problema, uma média de 3,6% e alta de 15% em comparação a 2005. O Brasil é o país com os maiores níveis: 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, segundo a OMS. Pesquisas internacionais recentes demonstraram a existência de uma conexão biológica entre ansiedade, estresse e depressão. Exemplo é um estudo publicado pela revista inglesa Nature Neuroscience, que defende que o estresse provoca uma espécie de estado inflamatório no cérebro, em decorrência da liberação maciça de citocinas. A perpetuação deste estado, em longo prazo, leva a uma neurotoxicidade que pode ser causa imediata da depressão.

A boa notícia é que a prática regular de atividades físicas, de lazer e descanso, além de meditação e massagens, alimentação balanceada e uso de medicamentos fitoterápicos são caminhos eficientes e mais naturais para o controle da ansiedade. “Compostos à base de Passiflora incarnata L. – o maracujá vermelho – podem auxiliar no controle da ansiedade, pois minimizam os efeitos do problema e melhoram a qualidade do sono”, explica Olavo Rodrigues, superintendente de Desenvolvimento de Produtos e Assuntos Regulatórios da Natulab, farmacêutico clínico e mestre em Biotecnologia.

Utilizada em diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Suíça e Índia, além do Brasil, a passiflora atua em células específicas do Sistema Nervoso Central, que atuam através do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), – principal substância inibitória no sistema nervoso central dos mamíferos – regulando a excitabilidade neuronal. “Nos estados de ansiedade, a ativação do sistema GABA com uso da Passiflora incarnataL. proporciona o relaxamento e reduz o estado de tensão, agitação, irritação e impaciência nervosa”, destaca Rodrigues.

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