Preconceito: ele pode estar escondido no seu inconsciente

O preconceito está presente de diferentes maneiras na sociedade. E, muitas vezes, o motivo dessa intolerância pode estar no inconsciente

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É natural que, quando ouvimos a afirmação “todos somos preconceituosos, até você”, nos sintamos um pouco desconfortáveis. Afinal, frequentemente são veiculadas notícias envolvendo racismo, intolerância religiosa e outros tipos de preconceitos. O susto ao ser confrontado com essa frase pode ser, do ponto de vista da psicologia, entendida como natural, uma vez que, na maioria das vezes, o preconceito está encravado no inconsciente.

“Imagine uma ‘nuvem’ da internet na qual você salvou todo o conhecimento de sua família, por exemplo. A nuvem faz um download do conhecimento necessário em cada situação diretamente para o sistema da pessoa sem ela ter consciência disso, ou ela tem consciência posteriormente”, exemplifica a psicanalista Júlia Bárány.

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Desse modo, reagimos negativamente ao diferente por costume, entretanto uma coisa não justifica a outra. Ou seja, alegar e até mesmo pensar que agiu de maneira preconceituosa “sem querer” não vai aliviar o sentimento negativo para a vítima.

Por isso, é necessário botar a mão na inconsciência, puxar qualquer que seja o preconceito que você reconhece ter sobre um assunto e trazê-lo para a consciência para que, assim, seja possível reconstruir o significado daquele estereótipo formado por uma experiência passada.

Contra o próprio preconceito

O principal fator a ser treinado para combater um preconceito pessoal é promover o autoconhecimento, ou seja, prestar atenção em quais situações surge tal intolerância. Assim, mesmo que seja aos poucos, o que antes era praticado de maneira inconsciente torna-se consciente, possibilitando uma maior reflexão sobre a questão.

Ninguém gosta de admitir que é preconceituoso, mas este lado maligno do inconsciente precisa ser visitado, para que os erros enraizados nas profundezas da mente sejam corrigidos. Além dessa autocrítica, outra maneira de trabalhar para evitar os preconceitos é se colocar no lugar do próximo, ou seja, desenvolver a empatia. “Porque quando realmente se conecta com o outro, você é incapaz de machucá-lo no que for. Nós ofendemos os próximos porque estamos na ignorância, o que é inconsciente”, pondera Júlia.

Atualmente, já existem técnicas que permitem ao indivíduo acessar o inconsciente e remodelar certos pensamentos, como as psicoterapias e a meditação. “A base é aquietar a mente, acalmando o turbilhão de emoções e pensamentos, permitindo, assim, que a sabedoria natural que todos nós temos venha à tona. A quietude proporcionada pela meditação é muito benéfica para que o inconsciente”, indica a psicanalista.

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Texto: Giovane Rocha/Colaborador – Entrevistas: Jéssica Pirazza/Colaboradora

Consultorias: Júlia Bárány, psicanalista

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