Contraceptivo oral: saiba tudo sobre esse método e previna-se!
O contraceptivo oral pode trazer benefícios e malefícios para a saúde da mulher e ainda é um assunto polêmico. Ela é 100% eficaz? Ela pode causar problemas de fertilidade? Estas e outras questões foram respondidas por profissionais na área.
Apesar do movimento das mulheres nas redes sociais contra a pílula e os efeitos do hormônio artificial no corpo, o contraceptivo oral ainda é o mais usado e o preferido para evitar uma gravidez não-planejada. Mas o medicamento continua sendo alvo de dúvidas de suas usuárias. Pensando nisso, confira o tira-dúvidas sobre este método com a ginecologista e obstetra Caroline Alexandra Pereira e Angela Maggio da Fonseca, professora associada e livre-docente da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Previna-se!
Alto Astral: QUAL É A EFICÁCIA? Caroline Alexandra: "É preciso entender que não existe um método contraceptivo 100% eficaz. A pílula, a camisinha e o DIU (de cobre ou hormonal) são os considerados mais seguros, com taxas entre 98% e 99%. No entanto, as formas de proteção podem apresentar falhas devido aos erros humanos, como esquecer de tomar o comprimido (caindo para 91%) ou colocar o preservativo de forma errada (caindo para 82%), sendo o DIU o mais seguro por independer da memória e habilidade do usuário". (Foto: Reprodução/Shutterstock Images)
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AA: O QUE INTERFERE NA EFICÁCIA? CA: "As chances de falha aumentam se a mulher tiver náuseas e vômitos, diarreia, tomar bebida alcoólica, esquecer ou tomar fora do horário durante o mês. Alguns antibióticos e antidepressivos também cortam o efeito e, em alguns casos, os fármacos podem reduzir em até 50% da eficácia do contraceptivo oral. A dica é usar a pílula de acordo com a indicação do ginecologista e consultá-lo caso você tenha que ingerir outros medicamentos, além de usar camisinha sempre!" (Foto: Reprodução/Freepik)
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AA: PÍLULA ENGORDA? CA: “Em alguns casos, sim. O estrogênio, um dos hormônios que compõem a maioria dos anticoncepcionais, pode provocar o aumento do apetite. A progesterona, outro hormônio presente, pode induzir a retenção de líquido e deixar o corpo inchado. No segundo caso, não há aumento de gordura, mas é possível sentir na balança. No entanto, estes sintomas incomodam apenas 15% das mulheres”. (Foto: Reprodução/Freepik)
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AA: PÍLULA CAUSA INFERTILIDADE? CA: “Deve-se lembrar que hoje em dia praticamente só são prescritas formulações de baixas doses hormonais. Os efeitos colaterais, quando ocorrem, são leves e transitórios, ou seja, costumam melhorar ou desaparecer com o tempo de uso. Após a suspensão do medicamento, a fertilidade retorna em um período de 30 a 90 dias, na maioria das mulheres. A fertilidade dependerá de outros fatores, sendo a idade o principal deles”. (Foto: Reprodução/Freepik)
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AA: ADOLESCENTES PODEM TOMAR? CA: "Podem, apesar de existir o mito que o corpo de uma garota não está amadurecido para engravidar durante a adolescência. Além disso, a dose de estrogênio que as pílulas atuais contêm em sua fórmula é extremamente baixa e não causa qualquer prejuízo para o desenvolvimento da menina. Portanto, o contraceptivo oral pode ser utilizado precocemente, desde que a jovem seja examinada, orientada e acompanhada por um profissional”. (Foto: Reprodução/Pexels)
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AA: BENEFÍCIOS DA PÍLULA. Angela Maggio: "O remédio é o melhor tratamento para quadros de ovários policísticos e endometriose, bem como para reduzir os sintomas da TPM, uma vez que age na regulação do ciclo menstrual e controla os níveis de acne. Além de ser eficaz contra uma gravidez não-planejada, também previne contra a gestação ectópica e alguns tipos de tumores, como o de ovário e endométrio. Para essas utilizações específicas, o médico deve ser consultado". (Foto: Reprodução/Freepik)
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AA: MALEFÍCIOS DA PÍLULA. AM: "O principal perigo deste medicamento é o aumento nas chances de desenvolvimento da trombose – coágulo que surge nas pernas e pode ir até o pulmão ou o cérebro. Além disso, um dos efeitos colaterais do contraceptivo é a manifestação de quadros de ansiedade e depressão. A pílula também pode contribuir para o surgimento de alguns tumores, como o de mama e no colo do útero. Os números aumentam para àquelas que possuem histórico das doenças mencionadas". (Foto: Reprodução/Freepik)
Consultoria: Dra. Caroline Alexandra Pereira de Souza- ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana (https://clinicabms.net); Dra. Angela Maggio da Fonseca, professora associada e livre-docente da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
