Entenda como funciona o processo de formação da memória

O cérebro é responsável pela formação de todas as memórias novas que adquirimos, das mais simples às mais complexas. Entenda como se dá esse processo.

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A mente humana pode surpreender. Somos capazes de pensar, nos comunicar e aprender novas informações que facilitam a vida diária. Todos esses processos acontecem em um único órgão: o cérebro. Ele também é responsável pela formação de todas as memórias novas que adquirimos: das mais simples às mais complexas.

Segundo o neurocirurgião Renato Anghinah, “memória é todo aprendizado que você vai adquirindo no decorrer da vida, seja ele consciente ou não”. Isso significa que está tudo armazenado no seu cérebro: desde o movimento necessário para andar até o conteúdo da prova para a qual você estudou. Ela é responsável também pela formação da sua personalidade: “É tão somente através dos registros de memória que sabe-se quem se é, idade, onde habita, profissão, quem é pai e mãe, amigos, propósitos, descontentamentos, amores, enfim”, explica a psicóloga Virgínia Ferreira.

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Processo molecular

O cientista Eric Kandel foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina no ano 2000 por conseguir compreender o processo molecular de formação da memória. “Ele fez os estudos de como o ser vivo adquire esse novo conhecimento que a gente chama de memória, em um molusco do mar chamado Aplysia californica”, explica Renato. O molusco foi o objeto de estudos de Kandel por ser um ser vivo de estrutura simples, pois quanto mais complexo o organismo, mais difícil é explicar suas interações.

Renato explica que o que Kandel descobriu, de forma simplificada, é que sempre que temos contato com novas informações, essa nova memória ramifica o neurônio e promove uma modificação proteica do RNA (Ácido Ribonucleico) dessa célula. Além disso, o pesquisador também conseguiu identificar uma diferenciação no efeito da memória de curto prazo e de longo prazo nos neurônios: enquanto a de curto prazo altera as sinapses existentes, a de longo prazo altera o número de conexões sinápticas.

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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini

Consultorias: Renato Anghinah, coordenador do núcleo de neurologia do Hospital Samaritano de São Paulo; Virgínia Ferreira, psicóloga

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