Talento ou treino? Veja o que pesa mais na carreira de um atleta

A prática realmente leva à perfeição ou é necessário um talento natural para se destacar como atleta? Pesquisadores apontaram a resposta para essa questão

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O brasileiro Oscar Schmidt, hoje com 58 anos, foi um dos jogadores de basquete de maior sucesso da história. Durante sua carreira, marcou 49.737 pontos e se consagrou como o maior cestinha dos Jogos Olímpicos, façanhas que lhe renderam a alcunha de “Mão Santa”, sendo reconhecido por um talento fora do comum.

Entretanto, o próprio Oscar rejeita o apelido. Em entrevista à revista Parcerias do Bem, o ex-jogador afirmou ser mais apropriado o termo “Mão Treinada” por conta de sua dedicação. “Qualquer um pode vencer através da repetição, em qualquer atividade, basta querer de verdade. Talento se constrói, ninguém nasce para fazer alguma coisa; nós temos é que encontrar aquilo que gostamos de fazer e nos dedicar ao máximo”, disse Schmidt naquela oportunidade.

mulher jogando futebol talento

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Porém, essa linha de raciocínio abre precedentes para o seguinte questionamento: o treinamento intensivo é o bastante para se tornar um atleta de elite? Então, por que, entre tantos profissionais existentes no mundo, apenas alguns são lembrados como os melhores?

Os estudiosos colocam o treino, a prática e a repetição como um dos pontos que mais influenciam no sucesso, mas não descartam o fato de que algumas pessoas estão predispostas a determinadas atividades.

De acordo com Nicodemos Borges, psicólogo especialista em terapia comportamental e cognitiva, os fatores que levam a este êxito são diversos, podendo ser resumidos a três histórias: filogenética, ontogenética e cultural.

“Na história filogenética, entram os aspectos geneticamente herdados, como tipo físico e sensibilidade; na ontogenética, estão questões como oportunidades, escolhas e comportamentos; já a cultural envolve o valor que essa pessoa entrega à sociedade. Assim, os superatletas são produtos de ótimas histórias. Em outras palavras, aqueles que se esforçaram e que contaram com fatores ambientais favoráveis”, analisa.

A fim de comprovar o efeito que um treinamento apropriado pode gerar no cérebro, pesquisadores da Universidade John Moores, na Inglaterra, analisaram jovens entre 9 e 17 anos que jogavam futebol. Entre eles, alguns já treinavam profissionalmente e outros eram amadores.

Os cientistas mostraram vídeos de jogadas e pausaram a imagem antes da sua finalização. A pergunta era: quais jogadores seriam mais importantes para a conclusão do lance? Mesmo com pouca idade, aqueles que eram mais preparados pelos clubes apresentaram respostas 47% melhores.

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Texto e entrevista: Érika Alfaro – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultoria: Nicodemos Borges, psicólogo especialista em terapia comportamental e cognitiva

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