O que acontece depois que morremos? Pode-se dizer que essa é uma das perguntas mais misteriosas e intrigantes que rondam a humanidade – e que suscita uma grande discussão.
Muitas tradições, doutrinas e religiões possuem teorias que respondem esse questionamento. Tais suposições são submetidas às crenças das pessoas, uma vez que não precisam ser comprovadas para que alguém acredite e considere aquilo verdade. Mas, o que a ciência diz disso tudo? Quais são os resultados das pesquisas sobre esse tema?
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Até mesmo os cientistas possuem visões divergentes. Para Aristides Brito, neurocientista e diretor do Marca Pessoal Treinamentos, não existe vida após a morte. “Na morte cerebral, acaba a consciência, acaba a vida”, afirma.
Porém, existem estudos que indicam a existência de um estado de consciência mesmo após a interrupção da atividade cerebral.
CAMINHO DESCONHECIDO
Para começar a entender todo esse campo misterioso, as experiências de quase morte (EQM) são objetos de análise dos cientistas. As EQM são episódios que aconteceram com pessoas que estiveram entre a vida e a morte, literalmente. Muitos pacientes já tiveram a morte decretada e foram trazidos de volta.
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Assim, os relatos desses momentos em que os indivíduos estavam “quase mortos” trazem perspectivas intrigantes. Muitos deles descrevem um túnel com uma luz no final, o encontro com entes queridos já falecidos, além da sensação de sair do próprio corpo e ter a visão do que estava acontecendo com ele. Existem explicações para tudo isso o que acontece.
“A percepção muda quando há uma diminuição grave de sangue e oxigênio no cérebro. Isso acaba mudando o estado de consciência, fazendo com que muitos processos sejam comprometidos causando alucinações. Às vezes, a pessoa começa a sonhar e nem percebe, e trata como se fosse tudo real. Além disso, a diminuição de sangue nos olhos pode provocar uma sensação de luz no fim do túnel”, elucida Aristides Brito.
A Universidade George Washington, nos Estados Unidos, realizou um experimento que demonstrou o aumento da atividade cerebral de pacientes momentos antes deles falecerem. Lakhmir Chawla, médico da instituição, afirmou que os relatos daqueles que passaram por experiências de quase morte possuem fundamentos biológicos, e não metafísicos ou místicos.
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O estudo mostrou que os neurônios, quando estão morrendo, geram um último impulso elétrico em uma sequência incomum, o que justificaria as alucinações das pessoas que conseguem se recuperar.
“Essas experiências e a sensação de estar fora do corpo não resultam da morte, mas da hipoxia, ou seja, existe apenas uma perda de consciência, e não da própria vida”, ressalta Luciano Gomes, professor de Filosofia na Faculdade Arnaldo.
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Texto: Érika Alfaro Edição: Nathália Piccoli Consultorias: Luciano Gomes, professor de Filosofia na Faculdade Arnaldo e Aristides Brito, neurocientista e diretor do Marca Pessoal Treinamentos.