A maneira como as pessoas se posicionam em determinadas situações é guiada pela concepção que elas têm a respeito de si mesmas. Por vezes, o sentimento de contentamento por suas características, qualidades e ações pode ser excessivo. Bem como, em outros casos, o indivíduo pode ter dificuldade em enxergar seus atributos e não acreditar em si mesmo necessitando de incentivo de vozes externas para manutenção de sua ideia sobre si. Ambos os cenários apresentam uma peça-chave: o ego.
Uma breve definição de ego
O conceito de ego está relacionado à filosofia e à psicanálise. De acordo com os estudos da última, o ego, juntamente do superego e Id, compõe a tríade do modelo psíquico e é visto como um “defensor da personalidade”, pois é o responsável por mediar os conteúdos do inconsciente impedindo que passem para o campo da consciência.
Além disso, também pode ser visto como a reafirmação da identidade e dos sentimentos que nela se manifestam, como orgulho, culpa e a maneira como a pessoa se reconhece. “O ego é uma instância psíquica que regula o contato da pessoa com a realidade. Funciona como um avaliador e orientador, que determina as vivências e atos do indivíduo”, explica a psicanalista Márcia Modesto.
Por trás da autoafirmação
Quando o assunto é ego, pode vir à mente o comportamento das pessoas com grande necessidade de autoafirmação, aquelas que precisam ter, constantemente, seus “egos massageados”. “Pessoas com essa característica tendem a nunca ouvir o que as outras pensam, de fato, sobre elas”, afirma o psicólogo Bayard Galvão.
A necessidade de estar em evidência e ter seus atributos reforçados a todo momento pode estar mascarando a fragilidade da autoestima e da autoconfiança. Para o coach de alta performance e especialista em transformação pessoal, Diógenes Gomes, essas pessoas precisam desse reforço externo para suprir o que lhes falta internamente. “Em alguns casos, cria-se uma dependência desse estímulo que tende a crescer. É um comportamento danoso, pois a pessoa acredita que não recebe o quanto ela crê que mereça, ou pior, o quanto ela precisa”, destaca.
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Texto: Redação – Edição: Victor Santos
Consultorias: Bayard Galvão, psicólogo clínico e hipnoterapeuta; Diógenes Gomes, coach de alta performance e especialista em transformação pessoal; Marcia Modesto, psicóloga e psicanalista palestrante no segmento comportamental e relacion