Diante de uma vitrine, a vontade de adquirir algo é mais forte que você? Gasta sem pensar no saldo bancário ou na real necessidade de ter aquele produto? Chega a ficar obcecada e não sossega até possuir seu objeto de desejo? Cuidado! Fazer compras pode ser um prazer para algumas pessoas, mas uma necessidade fora de controle para outras. Entenda o problema que a compulsão por compras precisa de tratamento para prevenir dívidas impagáveis e muita dor de cabeça.
Compulsão por compras: como saber se você está com o transtorno
Consumista ou compulsiva?
Quem se sente tentada a comprar, costuma exagerar nos gastos e tende a ser descontrolada com as finanças, tem o perfil típico da consumista. Mesmo que gaste além da conta, as compras não ocupam um lugar tão grande em seu pensamento e dia a dia.
Já o compulsivo possui um transtorno psicológico, como ocorre com usuários de drogas. “A compra se trata de um ritual planejado, é uma ideia fixa. Antes de comprar, quem sofre de compulsão sabe que vai fazer uma besteira, mas não consegue se controlar, devido à enorme ansiedade que sente”, explica a psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira.
Quando procurar ajuda
A compulsão por compras é uma doença que precisa ser tratada o mais rápido possível, pois pode causar problemas de ordem financeira à pessoa e, também, a quem está ao seu redor. “Gastar se torna uma atividade que consome muito tempo e energia”, avalia a especialista. Para tratar o problema, ela recomenda aliar orientação financeira, tratamento psicoterápico e ajuda em grupos de devedores anônimos. O conselho para a consumista evitar dores de cabeça e compulsões é programar as finanças, planejar as compras, adquirir somente o necessário, pesquisar o melhor preço e, principalmente, nunca fechar o negócio na hora. Pense mais sobre a nova situação.
Origem do problema
Muitos fatores estimulam as compras: das propagandas sedutoras às carências emocionais, que levam as pessoas a gastar, muitas vezes, com produtos que não precisam e jamais irão usar. Entretanto, o distúrbio psicológico é decisivo, e não o acesso ao crédito fácil, nem o parcelamento das compras ou as armadilhas das lojas e marcas. “Embora tais fatores ajudem, eles não são determinantes, senão o número de devedores seria muito maior. Os produtos apenas contribuem para que a compulsão se manifeste, caso a pessoa tenha o distúrbio”, esclarece.
Consultoria: Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista e autora do livro Psicologia econômica, da coleção Expo Money (Editora Campus-Elsevier).
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