O milionário perdido e com amnésia
Em Julho de 2003 um homem britânico pediu a ajuda da polícia de Nova York, porque acordou no metrô sem nenhuma identificação e com amnésia, não fazendo ideia de quem era. Graças a um número de telefone encontrado em suas roupas, o homem foi identificado como Doug Bruce. Após ter ganhado milhões trabalhando como banqueiro em Paris, ele havia se mudado para Nova York para se tornar fotógrafo e realizar um sonho.
No entanto, mesmo após ser levado de volta à sua casa, o fotógrafo dizia não reconhecer o local nem seus amigos. Bruce também afirma não se lembrar de nenhum detalhe de como era a sua vida antes de acordar no metrô. Acredita-se que ele sofra de um caso grave de amnésia retrógrada, mas como os médicos não conseguiram determinar qual acontecimento traumático poderia ter desencadeado a doença, muitos não acreditam que a história de Bruce é real.
Outro fator que colabora para essa teoria é que pouco antes do incidente com o fotógrafo, um amigo dele tinha sofrido de um caso de amnésia. Até os dias atuais, Bruce afirma não ter recuperado sua memória.
O caso Agatha Christie
Como as doenças do cérebro são democráticas, elas também atingem pessoas famosas. Um dos casos mais inexplicados de perda de memória do século XX envolve a escritora Agatha Christie. Em 3 de dezembro de 1926 ela desapareceu de casa, situada na cidade de Sunningdale, Inglaterra. Um dia depois, o carro da escritora foi encontrado nas proximidades, porém ela não estava nele.
O sumiço foi noticiado e virou um grande mistério, uma vez que o marido da escritora havia acabado de pedir o divórcio. A especulação era que ele poderia ter matado Agatha em um rompante de raiva. Agatha Christie ficou desaparecida por 11 dias até ser encontrada em um hotel em Harrogate, usando o nome de Teresa Neele que, curiosamente, era o nome da amante de seu ex-marido.
Muitos acreditam que essa foi uma forma que ela encontrou de se vingar do ex, porém, Christie afirmava não saber como tinha chegado ao hotel quando foi encontrada. Entre as evidências que colaboram com a hipótese de amnésia, uma testemunha a viu na manhã do desaparecimento e afirmou que ela parecia confusa e chateada. Acredita-se que a escritora bateu o carro, o que poderia ter sido o estopim para a crise de memória.
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Texto: Karen Barbarini – Edição: Giovane Rocha/Colaborador