Em 2012, um famoso jogador de um time alemão teve a chance de eternizar seu nome no mundo futebolístico, já que era a final de um campeonato importantíssimo na Europa. O cronômetro marcava os instantes finais da prorrogação quando ele foi para o centro da pequena área cobrar um pênalti. Era só calibrar o chute e marcar o gol para o título estar garantido. Contudo, o jogador não contava com a sorte do goleiro, que defendeu a cobrança. Mas será que foi sorte mesmo?
O conceito de sorte
O jogo acabou empatado e a decisão foi para os pênaltis. Aí, o goleiro teve a chance de mostrar que sua defesa foi muito mais do que um lance do acaso. Das cinco cobranças, ele pegou duas e pulou para o lado certo do gol em todos os chutes. Afinal, qual o segredo dele? Ao término do jogo, veio a resposta: ele tinha um DVD com todos os pênaltis batidos pelo time adversário desde 2007. Ou seja, o goleiro analisou a predominância dos chutes de cada jogador e encontrou uma lógica. Assim, as chances de defender a cobrança seriam bem maiores.
Portanto, o que, a princípio, parecia apenas sucesso por acaso, foi uma mistura de psicologia e probabilidade. Mais uma vez, o ser humano foi capaz de controlar o seu destino e tirar vantagem disso. “Se pensarmos que tanto a sorte quanto o azar são ligados pela nossa concentração, podemos fazer exercícios que estimulem nossa atenção e que melhorem a atuação do córtex pré-frontal. A percepção de sorte está muito mais ligada à probabilidade dos acontecimentos do que a algo aleatório”, explica o neurocientista Aristides Brito.
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Texto: Larissa Tomazini – Edição: Victor Santos
Consultorias: Aristides Brito, neurocientista; Roberto Debski, médico homeopata