A briga entre o bem e o mal está presente há muito tempo na história da humanidade. Com o passar do tempo, personagens surgiram para justificar acontecimentos tenebrosos. É o caso das bruxas.
Por volta do ano 500 surgiu uma crença que convenceu muita gente: os demônios seriam seres sobrenaturais que desciam dos céus e tinham relações sexuais com as mulheres, o que resultaria no nascimento de bruxas. A lenda seguiu na história moderna tão fortemente que até hoje acreditasse que bruxas são mulheres que fazem o mal.
Caça às bruxas
A partir do século 14, vendo as influências que o Renascimento estava exercendo sobre o povo, a Igreja Católica buscou aumentar sua influência na sociedade usando o combate ao demônio como principal ferramenta. Os fiéis, que sentiam na pele os efeitos da pobreza (peste negra, guerras, fome, etc) não demoraram a comprar a ideia. Textos com orientações sobre exorcismo e como identificar uma possessão chegaram a ser redigidos e publicados. Não à toa, pessoas consideradas bruxas eram queimadas em praça pública.
Casos de exorcismo
Em 1614, a Igreja Católica elaborou o Rituale Romanum, um livro litúrgico que continha diversos rituais católicos, incluindo do exorcismo. Ele foi usado até o final do século 20, quando houve uma revisão. Ao mesmo tempo em que a caça ao diabo se intensificou, casos de possessão também pareciam pipocar em toda parte – e das mais diversas formas. Crianças, jovens, adultos e até freiras eram apontadas como possuídas.
Manipulação
Em 1632, o convento da Ordem das Ursulinas em Loudun, na França, foi cenário de acontecimentos estranhos. Foram identificadas 27 freiras com o mal no corpo, das quais oito passaram por sessões de esconjuro. O caso ficou conhecido no país todo, até que uma das irmãs acusou um pároco pela histeria coletiva, o que resultou em sua condenação.
Muitos dos casos desta época considerados possessão são verdadeiros mistérios atualmente, já que, naquele tempo, faltava conhecimento científico para identificar doenças e distúrbios que hoje descartariam qualquer tipo de manifestação demoníaca, caso da histeria coletiva, depressão, bipolaridade, personalidade dupla, esquizofrenia e síndrome de Tourette (distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques motores ou vocais).
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Texto: Natália Negretti