Tem dias em que dá vontade de mudar tudo, não é mesmo? E a primeira coisa que vem à cabeça das mulheres, quando pensam em se transformar, é justamente o cabelo. Pode ser um corte novo ou ainda, colorir as madeixas.
Se a segunda opção é a escolhida, com certeza, ela virá acompanhada de muitas dúvidas, principalmente sobre qual cor utilizar e qual a melhor técnica para tingir os fios. Nesse ponto, só a ajuda de um profissional pode desvendar os mistérios que envolvem a coloração dos cabelos.
Pedimos para o cabeleireiro Ton Habermann, do salão TA3 Studio Hair Design, de São Paulo, e para a cabeleireira Gisélia Dias, do Salão Fios e Arte, do Rio de Janeiro, falarem sobre as formas mais utilizadas de coloração. Os profissionais deram dicas preciosas sobre as técnicas para tingir as madeixas e sobre os cuidados necessários para manter a cor perfeita e os cabelos saudáveis.
Conheça as técnicas mais utilizadas nos salões para colorir as madeixas
Previous Next COLORAÇÃO: segundo Gisélia Dias, as empresas evoluíram muito, melhorando a cosmeticidade das colorações permanentes, já que são as mais comuns no dia-adia. Esse tipo de tintura é indicado para manter o tom natural, clarear ou dar uma nova cor. A técnica de aplicação pode ser total ou simplesmente para um retoque de raiz - Foto: Pixabay Ela explica que, se for apenas para intensificar o brilho, dar uma nova nuance ou manter a mesma cor, o ideal é optar pelo tonalizante, que é livre de amônia. “Já a balayage (processo de descoloração) é indicada para clarear ou, simplesmente, para dar mais luminosidade aos fios”, ressalta - Foto: Getty Images Além das colorações permanentes, existem as temporárias, semi e demipermanentes. As temporárias duram poucas lavagens, enquanto as semi e demipermanentes são bastante parecidas no resultado, mas diferem um pouco na formulação, durando entre seis e oito semanas - Foto: Getty Images HENNA: segundo Ton Habermann, a henna está praticamente extinta nos salões. “Com a chegada dos tonalizantes, não vejo porque usar henna”, diz. Já Gisélia Dias aponta que cerca de 5% de suas clientes ainda preferem usar henna, pois a consideram natural - Foto: Getty Images DECAPAGEM: trata-se de uma limpeza da cor indesejada e pode ser feita com shampoo descolorante. Cabelos que passam por esse processo necessitam de alguns cuidados especiais, principalmente loiros e descoloridos. Ton cita, como exemplo, a reconstrução capilar e a queratinização, que devolvem o que os fios perderam com processos químicos, como queratina, proteína, sais minerais, entre outros, para, assim, recuperarem a elasticidade e o brilho natural - Foto: Getty Images PRÉ-PIGMENTAÇÃO: é bastante utilizada em quem possui cabelos grisalhos ou que não conseguem colorir as madeixas com pigmentos artificiais. O cabeleireiro Ton Habermann afirma que os fios com mechas também podem receber a pré-pigmentação para que elas não fiquem sem cobertura - Foto: Getty Images O procedimento é ideal, também, para quem quer escurecer tons muito claros, como o cabelo loiro-claríssimo, e, principalmente, se for mudar para o vermelho - Foto: Getty Images Para realizar a pré-pigmentação, deve-se utilizar uma cor base próxima ao tom desejado e na proporção de um por um com água morna, para auxiliar à coloração. A mistura deve ficar por 15 minutos nos cabelos. Em seguida, aplique a coloração sem remover a pré-pigmentação - Foto: Getty Images DESCOLORAÇÃO: serve para clarear a cor natural dos fios. De acordo com Ton, é indicada para quem possui cabelo escuro, castanho-claro ou preto. Se a intenção é colorir as madeixas deixando-as mais claras acima de sete tons, é necessário fazer a descoloração - Foto: Getty Images É importante lembrar, no entanto, que essa é uma das técnicas que mais agride os fios, pois o pó descolorante e o oxidante abrem as escamas dos cabelos para penetrar no interior do fio e retirar os pigmentos que lhe dão a cor - Foto: Getty Images Por isso, é preciso preparar bem a cabeleira antes de se submeter à técnica. O ideal é fazer o teste da mecha para evitar possíveis problemas, como irritações, alergias ou lesões no couro cabeludo. Também é fundamental um tratamento após a descoloração para devolver os nutrientes que foram perdidos durante o processo - Foto: Getty Images CUIDADOS: para fios naturais, que passaram pela primeira coloração, o ideal é fazer, no mínimo, quatro hidratações por mês. “Quando o cabelo passa por um processo químico, é preciso tratá-lo para manter a saúde do fio e também para que ele não desbote com facilidade”, comenta Ton. Gisélia Dias orienta a procurar um profissional especializado em colorimetria para fazer um diagnóstico de acordo com a necessidade da cliente. “A avaliação vai estar sempre aliada à textura e à saúde dos cabelos, além do perfil da cliente" - Foto: Getty Images TONALIZANTES: a vantagem desses produtos é o fato de não possuírem amônia. Segundo Ton Habermann, isso ajuda as pessoas que apresentam algum tipo de reação alérgica a produtos químicos. Eles também servem para disfarçar os fios brancos, caso não se queira usar coloração permanente. Porém, por não possuirem poder de clareamento, eles garantem, em geral, a cobertura de apenas 50% dos brancos - Foto: Getty Images Esse tipo de técnica pode ser considerada uma espécie de “maquiagem” para os cabelos. O resultado dura de oito a doze lavadas, e não deixa marcas de crescimento na raiz - Foto: Getty Images Os tonalizantes também são indicados para quem quer colorir as madeixas e escurecer as pontas que estiverem um ou dois tons mais claros do que o natural, para retocar fios que receberam tintura cuja cor desbotou e, em caso de alisamento, quando as pontas dos fios começarem a ficar mais manchadas - Foto: Getty Images
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Ton Habermann, cabeleireiro do salão TA3 Studio Hair Design, de São Paulo (SP), telefones (0xx11) 2092-3686/2092-3597; Gisélia Dias, cabeleireira e proprietária do salão Fios e Artes, do Rio de Janeiro (RJ), telefone (0xx21) 2256-3965
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