Um dos mais famosos escritores brasileiros, reconhecido na literatura mundial, Machado de Assis cresceu no Rio de Janeiro e escreveu sobre o que há de mais sombrio na humanidade. O queridinho do vestibular soube retratar em seu realismo as questões da miséria humana e os problemas das camadas sociais com primor.
(Foto: Reprodução)
Nascido em 1839, no Rio de Janeiro, Machado de Assis teve uma origem simples, começou a trabalhar cedo e encontrou na Imprensa Nacional, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um Sargento de Milícias, que tomou o garoto como seu aprendiz. Sua vida literária abrange contos, poemas, romances, crônicas e peças de teatro. Ajudou a fundar a Academia Brasileira de Letras, sendo o primeiro a ocupar uma cadeira entre os imortais.
Sua obra inicia-se no romantismo, mesmo não estando em conformidade com o estilo literário em sua abordagem, e migra para o realismo, escola na qual se evidencia. Na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado revoluciona os moldes do romance em inúmeras formas, primeiro a dedicá-la a um verme que corroeu o narrador, em seguida por começar o livro com a morte da personagem principal, ou como ele mesmo anuncia, começando pelo fim. Outro elemento inovador é seu estilo irônico e ousado, com capítulos vazios e com diálogos entre o narrador e o leitor. Nesse livro, a burguesia é vista por seu viés psicológico no qual o autor expõe o que há de mais miserável na condição humana, fazendo uma crítica sutil aos hábitos e valores da época.
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