O que você faria? Seu filho possui uma doença grave e precisa, por exemplo, de um transplante para se tratar. Em alguns casos, a geração de um novo bebê selecionado geneticamente para ser saudável e compatível com o irmão, possibilita a utilização das células-tronco para o tratamento. Essa história, digna de enredo de filme, é possível graças aos avanços da medicina. Saiba mais!
Quais doenças?
“Atualmente, existem cerca de 70 doenças tratáveis com células-tronco do sangue de cordão umbilical de irmãos”, informa o médico hematologista Elíseo Sekiya. O especialista cita, para se ter uma ideia de alguns possíveis usos, um trabalho relatando a experiência de 10 anos do serviço nacional de sangue do Reino Unido no transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical familiar, direcionado entre irmãos, que apresentou os resultados de 244 transplantes realizados.
O resultado foi o seguinte: 114 para doenças hematológicas malignas (74 em leucemia linfoblástica aguda, 12 em leucemia mieloide aguda, 10 em leucemia mieloide crônica, 3 em linfoma não-hodgkin e 15 com outros diagnósticos); 68 para anemias (36 casos de beta talassemia, 10 casos de anemia de blackfan-diamond, 8 de anemia falciforme, 7 de anemia aplástica, 6 de anemia de Fanconi e 1 caso de anemia diseritropoietica congênita); 44 para imunodeficiências (28 casos de imunodeficiência severa combinada, 3 casos de síndrome de wiskott-aldrich e 13 outras imunodeficiências variadas); 9 deficiências enzimáticas (4 casos de doença granulomatosa crônica, 2 casos de doença de Gaucher, 12 casos variados de deficiências enzimáticas).
Quando fazer
“Todas as mães que tenham filhos com uma das doenças tratáveis pelo transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical e estão grávidas deveriam realizar a coleta e conservação do sangue de cordão do bebê, para posterior verificação da compatibilidade”, indica o hematologista.
Para aumentar as chances de compatibilidade e de gerar um filho livre da doença genética, os pais precisam recorrer ao método de fertilização in vitro com o diagnóstico genético pré-implantação de embriões, o DGPI. A técnica de fertilização é a mesma utilizada na convencional, optando-se pela implantação de somente um único espermatozoide em cada óvulo.
Texto Redação Alto Astral
Consultoria Elíseo Sekiya, médico hematologista
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