Durante a vida, alguns contratempos podem acontecer e comprometer o funcionamento da visão. O oftalmologista Paulo Polisuk conta que “qualquer alteração que prejudicar o olho, a condução do estímulo visual ou a região do córtex visual pode afetar o sentido”. E, em alguns casos, o cérebro acaba tendo um papel importante nessa situação toda. Entenda exatamente como tudo isso se dá.
Visão, cérebro e os principais transtornos
Segundo o especialista, alguns dos fatores que comprometem a visão, originários nos olhos, podem ser evitados, como o glaucoma. O aumento da pressão intraocular pode resultar em uma lesão no olho, se não for tratada a tempo, podendo, inclusive, causar a cegueira. Para evitar a deterioração, o tratamento visa regular a pressão ocular. “Dependendo do tipo de glaucoma, isso pode ser feito tanto por meio de medicamentos quanto por cirurgia”, explica.
A visão também pode ser afetada por fatores presentes no cérebro, em doenças neurológicas, como na esclerose múltipla (EM). De acordo com Polisuk, a EM “é uma doença neurológica crônica, inflamatória, não contagiosa, degenerativa e progressiva do sistema nervoso central”. Em geral, a patologia tem maior incidência entre mulheres brancas e indivíduos jovens que possuam o gene de suscetibilidade, agente que não é hereditário.
Entre os sintomas mais comuns, estão a perda temporária unilateral da vista, aparecimento de visão dupla (também chamada de diplomia), descontrole dos movimentos oculares e perda do campo visual. “Ainda não existe tratamento medicamentoso descrito, cabendo aos esteroides a missão de conter o processo inflamatório, sem, no entanto, controlar o avanço do processo”, conclui o profissional.
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Texto: Karina Alonso/Colaboradora – Edição: Victor Santos
Consultoria: Paulo Polisuk, oftalmologista, diretor do Instituto Provisão, no Rio de Janeiro (RJ), e coordenador do setor de córnea da Santa Casa, no Rio de Janeiro (RJ).