Mulheres em idade fértil não terão vacina contra zika antes de 2020, afirma OMS

A OMS esteve em um evento internacional nesta semana e comunicou que não previsões para liberação da vacina contra zika antes de 2020; entenda!

- Foto: Divulgação

Ontem (01.02), a Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio da diretora-geral Margaret Chan, durante evento realizado em Genebra, na Suíça, comunicou que os estudos para a vacina contra zika estão avançando, mas não há expectativa de liberação antes de 2020. Isso afeta, em especial, as mulheres que estão em idade fértil e que contavam com a medida de segurança e prevenção o quanto antes.

Entenda mais sobre a discussão que está crescendo no Brasil e no exterior, e sobre a doença que vem fazendo algumas mulheres adiar os planos de engravidar.

Vacina contra Zika mulher grávida fazendo ultrassom

Foto: Divulgação

Vacina segura contra zika para mulheres em idade fértil só a partir de 2020, se tudo correr bem

“Cerca de 40 vacinas candidatas estão em preparação. Enquanto alguns avançaram para ensaios clínicos, uma vacina julgada segura o suficiente para uso em mulheres em idade fértil pode não ser totalmente licenciada antes de 2020.”

Foi o que afirmou Margareth Chan ao explicar o que mudou de 2015 em diante, depois do zika ter sido declarado como uma emergência internacional de saúde.

Vacina contra Zika Margaret Chan

Foto: Divulgação / OMS Brasil

Foi preciso declarar emergência para os trabalhos com a vacina contra zika começarem

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde reforçou o que foi feito de 2015 em diante, depois da declaração de emergência do zika: “Estimulou uma resposta intensa e coordenada e atraiu o financiamento necessário para que as coisas acontecessem. Dentro de meses, os cientistas puderam provar que a infecção por zika causa microcefalia e desencadeia a Síndrome de Guillain-Barré. O trabalho sobre as vacinas começou imediatamente e avançou rapidamente, beneficiando-se de diretrizes de pesquisa e desenvolvimento simplificadas (R&D blueprint) da OMS, que reduzem drasticamente o tempo necessário para desenvolver e fabricar produtos candidatos.”

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O vírus zika já era conhecido, mas demorou para a ficha cair

De lá para cá, os estudos contra zika foram impulsionados e incentivados em todo o mundo, afinal, isso implica, inclusive, no crescimento populacional. Segundo o portal oficial da OMs, aproximadamente 70 países têm casos de infecção pelo vírus desde 2015.

Margareth Chan atentou a todos sobre o quanto foi demorado o processo para despertar as instituições médicas sobre a gravidade, acompanhe:

“Em 2007, o zika deixou sua casa ancestral para causar seu primeiro surto, na ilha de Yap, no Oceano Pacífico ocidental. […] Embora quase três quartos da população houvesse sido infectada pelo vírus zika, apenas cerca de 1.000 pessoas apresentaram um tipo de doença atribuível ao vírus. Nenhum dos casos exigiu hospitalização e o surto terminou após apenas três meses.

[…] Tendo demonstrado a sua capacidade de desencadear um surto, o zika fez isso novamente na Polinésia Francesa de 2013 a 2014, causando cerca de 30.000 casos. Apesar de todos serem leves, profissionais de saúde ficaram intrigados com um aumento alarmante nos casos de Síndrome de Guillain-Barré, uma complicação neurológica grave e, geralmente, rara. […]

No começo de 2016, quase todos haviam visto imagens de partir o coração que mostravam bebês nascidos no Brasil com cabeças minúsculas. Todos nós ouvimos as histórias trágicas de mães preocupadas e as perspectivas sombrias projetadas para seus bebês. A possibilidade de que uma picada de mosquito durante a gravidez poderia causar graves danos neurológicos em bebês alarmou profundamente o público, mas também deixou os cientistas espantados. Eles perguntaram: por que só agora e por que só no Brasil?”, relembrou Chan em seu discurso.

 

Informadas e contra zika!

Vacina contra zika mosquito

Foto: Divulgação

De onde veio: o vírus é originário de Uganda, na África, e foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2015. Desde então, vem tirando o sono de milhares de pessoas, especialmente de mulheres grávidas por conta das associações da doença com casos de microcefalia em recém-nascidos.

Como é transmitido: a picada do mosquito Aedes aegypti é a principal forma de transmissão da doença. Como a zika é relativamente recente, outras formas precisam ser avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos. Apesar do alerta, ainda não há evidências de transmissão do vírus por meio do leito materno, urina, saliva e sêmen.

Os sintomas do zika: dores de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos também podem se manifestar na pessoa doente, mas são menos comuns. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente dentro de 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por, aproximadamente, um mês. Mas, nem todo mundo que é infectado apresenta os sintomas. Apenas 20% das pessoas que contraem a doença desenvolvem manifestações clínicas.

A relação do zika com a microcefalia: quais são os riscos se você engravidar

Vacina contra zika e a ligação com microcefalia

Foto: Divulgação

O que é microcefalia: uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com o perímetro cefálico menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. De forma claro, a cabeça das crianças é visivelmente menor do que se esperava. O retardo mental é a principal sequela associada à microcefalia e está presente em 90% dos casos.

O diagnóstico: pode ser feito ainda durante o pré-natal, pelo profissional da saúde que realiza o acompanhamento da grávida. Após o nascimento do bebê, a microcefalia pode ser constatada no primeiro exame físico, que mede a circunferência do cérebro e é rotina nos berçários.

Tratamento: não há um específico para a microcefalia. Os bebês que nascem com essa malformação devem contar com um suporte que auxiliará no desenvolvimento, colaborando no crescimento físico e na maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, reduzindo os efeitos das sequelas da microcefalia. Quando o surto foi constatado, as unidades de saúde nos lugares mais atingidos do Brasil  passaram a receber profissionais que atendessem à essas necessidades pelo SUS.

A idade fértil da mulher: o auge é na casa dos 20 anos. Segundo o portal Fertilidade.org, após os 35 anos de idade, as chances de uma mulher ter um bebê naturalmente declinam em média em 50%. Após os 40 anos, as chances diminuem em torno dos 90%.

 

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Fonte: Cartilha da Dengue, e. 1 – EAA

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