Um lugar para se distrair, se informar, se comunicar e… ficar mais ansioso! As redes sociais são um verdadeiro fenômeno atual. Crianças, jovens e adultos muitas vezes passam horas online conferindo notícias, conversando, postando intimidades e uma infinidade de ações que redes como Facebook, Instagram e Twitter permitem. Ao mesmo tempo em que elas podem ser usadas para o relaxamento, isto é, fugir por um tempo das responsabilidades e tarefas cotidianas conferindo informações aleatórias ou colocando o papo em dia, as redes sociais também podem colaborar para aumentar a ansiedade.
Isso porque a sensação de cobrança para estar o tempo todo por dentro das novidades, além de estar exposto aos mais diversos posts que, na maioria das vezes, exibem uma vida alheia feliz, interferem para que haja pressão e ansiedade.
“As redes sociais acabam contribuindo na produção de adrenalina e cortisol, que viciam. As pessoas ficam ligadas e dependentes. Mas também vejo o efeito que as redes sociais trazem para relaxar, quando entra a produção de dopamina, que deixa a pessoa mais relaxada, algo que também pode gerar dependência”, destaca o neuropsicólogo Aristides Brito. A dica é sempre o bom senso. Dedicar alguns minutos às redes sociais pode lhe fazer bem; porém, é preciso não abusar.
Atento aos sinais!
Alguns comportamentos indicam que sua dedicação à tecnologia está exagerada. “Os indivíduos ansiosos passam a realizar as atividades cotidianas pensando o tempo todo no jogo, na rede social, nos aplicativos e diversos usos que a tecnologia permite”, ressalta o psicólogo Mateus Martinez. Confira alguns sinais:
- Checar constantemente o celular;
- Sentir estresse por lidar com um fluxo intenso de informação;
- Insônia;
- Dificuldade de concentração em atividades como trabalho, estudo e tarefas domésticas;
- Não conseguir ficar um dia ou mais sem conectar-se à internet, sentindo angústia, tensão e nervosismo.
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Consultorias: Aristides Brito, neuropsicólogo; Mateus Martinez, psicólogo do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática (NPPI) da PUC-SP.
Texto: Natália Negretti – Entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador e Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador