Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a sífilis infecta 937 mil brasileiros de idade sexualmente ativa por ano.
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a doença sexualmente transmissível (DST) também conhecida como lues pode levar à “cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos” e até a morte em sua fase mais grave, segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Contágio
Como toda DST, a sífilis pode ser transmitida por meio da relação sexual sem proteção. Além disso, o contágio pode se dar pelo “contato direto com lesões abertas, transfusão de sangue e por via placentária, da gestante para o feto, durante a gravidez“, explica o ginecologista e obstetra Odair Albano.
Por isso, é preciso usar preservativo além de garantir que as seringas, agulhas e demais objetos usados na transfusão de sangue nunca tenham sido usados.
Sintomas
A doença pode apresentar três fases:
- Na primária, que pode ocorrer cerca de três semanas após o contágio, surgem feridas na região genital e nas virilhas que podem desparecer mesmo sem tratamento.
- Na fase seguinte, a secundária que ocorre de seis e oito semanas após o contágio, “surgem lesões de pele, avermelhadas nas palmas da mão e plantas do pés, infectantes, que desaparecem espontaneamente“, explica o ginecologista.
- Na terceira, a doença pode gerar uma série de complicações que atingem vários órgãos do corpo e podem, inclusive, levar à morte.
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Tratamento
O diagnóstico da doença se dá por um exame de sangue, mas só acusa a doença cerca de 30 dias após o contágio.
Uma vez detectado, o tratamento é realizado com a penicilina e, no caso de alérgicos, com antibióticos alternativos. “A dose do medicamento é variável, na dependência da gravidade. As lesões desaparecem após alguns dias, mas a cura só pode ser confirmada pelo exame de sangue, realizado por até um ano”, afirma o profissional.
Sífilis congênita
A sífilis congênita é quando a doença é transmitida da mãe para o filho durante a gestação.
“O tratamento da gestante pode impedir a evolução da doença e reduzir o risco de transmissão para o bebê”, recomenda o ginecologista.
Mas alerta que sem ele, a sífilis pode causar “aborto espontâneo, natimorto, bebês de baixo peso, outras doenças e malformações”.
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Texto: Melissa Marques – Edição: Loyce Policastro/Colaboradora
Consultoria: Odair Albano, ginecologista e obstetra