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No mês da prevenção ao suicídio, entenda sobre os principais distúrbios mentais, como identificá-los e tratá-los
Ansiedade e depressão são temáticas abordadas pelo Setembro Amarelo - Shutterstock

Saúde

Setembro amarelo: depressão e ansiedade também matam

No mês da prevenção ao suicídio, entenda sobre os principais distúrbios mentais, como identificá-los e tratá-los

Quando os calendários marcam o mês nove, a cor amarela toma conta das cidades do Brasil. Isso porque, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) se juntou ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para idealizar a campanha Setembro Amarelo®. Dessa forma, durante esses 30 dias, o objetivo é jogar luz, prevenir e reduzir a uma questão pouco falada, mas com dados alarmantes: o suicídio. 

Segundo pesquisas oficiais feitas pela campanha, são registrados cerca de 13 mil casos de suicídio anualmente apenas no Brasil, chegando à triste marca de 1 milhão de mortes por ano em nível mundial. Os dados mostram ainda que a maioria das vítimas são jovens e, aproximadamente, 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais. A depressão lidera esse ranking, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias. 

Portanto, se a causa de tantas vidas perdidas são as doenças psicológicas, é urgente e necessário falar sobre elas. Afinal, quanto mais conhecimentos e informações sobre o assunto, mais rápido será o diagnóstico e tratamento! 

 
 
 
 
 
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A depressão e o comprometimento da autoestima

Redução da energia vital, sentimentos melancólicos, alterações nos hábitos alimentares, como comer demais ou de menos, interpretação enganosa sobre a autoimagem, comprometimento da autoestima e mudanças no padrão do sono — tanto a insônia, quanto o excesso de sono. Esses sinais são citadas pelo neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes e alertam para um quadro que precisa ser tratado: a depressão. 

Mas será possível prevenir essa condição? Segundo o especialista, além de um substrato genético, o distúrbio está associado também a fatores desencadeantes que causam o desequilíbrio e a manifestação clínica. "Pessoas que estão vivendo sob estresse, problemas de ordem financeira, relacionamentos conflituosos, privações de sono e de lazer, e sobrecarga de trabalho podem predispor a doença", destaca. 

Uma vez diagnosticada por um profissional, a depressão deve ser tratada de maneira correta, completa e contínua. Nesse sentido, Fernando conta que quem trata a condição, pode apresentar ainda um reaparecimento de sintomas, portanto, o diagnóstico precisa ser preciso. "Para o tratamento, podem ser utilizados medicamentos que reequilibram neurotransmissores, como ansiolíticos e antidepressivos, por exemplo, e psicoterapia", explica o neurocientista. 

 
 
 
 
 
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Até que ponto a ansiedade é normal?

Para a psiquiatra Tábata Mascarenhas, da Holiste Psiquiatria, a ansiedade leve é comum ao ser humano. No entanto, ela ressalta que quando os sintomas são muito frequentes e passam a interferir na vida do paciente, causando prejuízos ao seu funcionamento e/ou sofrimento psíquico, é chegada a hora de buscar ajuda de um médico especialista. 

Sensações difusas e desagradáveis de apreensão e angústia, dor de cabeça, palpitação, “bolo na garganta”, inquietação, dificuldade para concentrar-se, irritabilidade aumentada, e desconfortos gastrointestinais são alguns dos sintomas citados por Tábata, que complementa ainda: "indivíduos com quadros mais intensos, podem referir ainda forte dor torácica, falta de ar, suor intenso, extremidades frias, tontura e tremores".

Talvez, em um primeiro momento, possa ser difícil relacionar a ansiedade com as campanhas de prevenção ao suicídio. Entretanto, as crises ansiosas vêm se tornando um evento cada vez mais comum, que não escolhe faixa etária nem hora para chegar. Por isso, a psiquiatra adverte que, embora o transtorno de ansiedade geralmente não seja inferido como a causa principal de um suicídio, ele, normalmente, coexiste no indivíduo com risco de suicídio e seus sintomas podem tornar-se gatilhos para tal comportamento.

"Podemos considerar a ansiedade como um transtorno de origem multifatorial. Cito aqui desde ser uma resposta condicionada à estímulos específicos do ambiente, até as evidências genéticas. Um exemplo disso é que quase 50% das pessoas com transtorno do pânico tem um parente consanguíneo próximo afetado", afirma Tábata. 

Assim como na depressão, o tratamento dependerá do tipo de transtorno de ansiedade e gravidade dos sintomas. Segundo a médica, alguns pacientes se beneficiam apenas da psicoterapia, porém, outros têm indicação de combiná-la com o uso de remédios. 

 
 
 
 
 
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Portanto, vale lembrar que, apesar de setembro ser inteiramente dedicado à saúde mental e à prevenção do suicídio, essas questões devem ser relembradas, discutidas e tratadas ao longo do ano todo. Em caso de sintomas, busque ajuda médica e nunca se automedique. Você pode encontrar auxílio em postos, Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais e prontos-socorros especializados ou marcando consulta com um psiquiatra. O tratamento, assim como o acompanhamento profissional, são imprescindíveis para o bem-estar físico, mental e emocional. Você não está sozinho(a)! 

Fontes: Fernando Gomes, neurocientista e neurocirurgião com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é também correspondente médico da TV CNN Brasil diariamente no Jornal Novo Dia; Tábata Mascarenhas, médica psiquiatra pelo Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES – UFBA), tem formação psicanalítica e atua no corpo cínico da Holiste Psiquiatria. 

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