Dietas radicais para emagrecer, que excluem determinados grupos alimentares, não são as recomendadas por nutricionistas, pois todos os alimentos contêm nutrientes necessários para o organismo – até mesmo o carboidrato, que muitas vezes é visto como vilão. Então, o ideal é apostar na reeducação alimentar. “Esse processo consiste em adaptar o tipo de alimentação diária para uma redistribuição entre quantidade e qualidade, de forma equilibrada nutrologicamente com a inclusão de todos grupos alimentares”, afirma o nutrólogo Hewdy Lobo Ribeiro. Um dos pontos principais da reeducação alimentar é a troca de alimentos, ou seja, dar preferência a alimentos com maior teor de nutrientes e vitaminas em vez dos nutricionalmente pobres, um exemplo disso é a troca do arroz branco para o arroz integral.
Arroz integral pode!
Cortar o arroz do almoço e jantar e passar a consumir outros tipos de alimentos, com a ideia de que ele engorda, é errado! Ao contrário do que dietas restritivas pregam, o arroz pode ser o aliado ideal da sua dieta, basta usá-lo na versão indicada para emagrecimento: a integral. Essa variedade do arroz concentra muito mais nutrientes.
“O arroz branco passa por diversos processamentos, perdendo dois de seus componentes mais nutritivos, chamados de película e gérmen, e acaba ficando branco”, explica a nutricionista e personal diet Thais Villaça. Já o arroz integral mantém essas camadas e se torna mais nutritivo. O que o torna benéfico para o emagrecimento são as fibras – solúveis e insolúveis -, presentes em alta quantidade no grão. “As fibras solúveis são responsáveis por absorver água dos alimentos e formar uma espécie de gel, que ajudará a impedir a ingestão de gordura em excesso e lentificar a absorção de açúcar pelo organismo”, destaca a profissional.
Digestão regulada
A melhora do trânsito intestinal é outro fator importante para o emagrecimento. A prisão de ventre causa diversos incômodos, entre eles o inchaço, que pode ser percebido inclusive na balança. Mais uma vez, as fibras presentes no arroz integral entram em cena para acabar com o problema. “As fibras insolúveis atuam no intestino grosso, ou seja, ajudam a formar o bolo fecal. Elas ajudam a dar volume e forma mais macia a ele, com isso a movimentação das fezes pelas paredes do intestino grosso fica facilitada, podendo ser eliminadas com maior facilidade”, frisa Thais.
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