Perda de emprego, divórcio e dificuldades financeiras: tudo isso junto pode ser aterrador para uma pessoa, resultando em um grau de estresse elevado. Contudo, existem indivíduos que, diante dos mesmos problemas – ou até maiores –, respondem de maneira diferente, chegando a se tornar exemplos de superação. Não que não haja sofrimento, mas, para esses, a adversidade funciona quase como um impulso. Essa habilidade recebe o nome de resiliência.
“Pesquisas indicam que as pessoas mais resistentes ao estresse são aquelas que têm um conjunto de atitudes específicas em relação à vida: são abertas e tolerantes às mudanças, tendem a envolver-se muito com o que fazem e buscam ter controle sobre os acontecimentos de suas vidas”, diz a psicóloga Marilda Novaes Lipp.
O que é resiliência
Imagine um balão cheio (bexiga) e perceba que quando você o pressiona, ele se deforma e, ao tirar a pressão, ele volta ao normal. No campo da física, essa propriedade se chama resiliência. No campo comportamental, resiliência é a capacidade de lidar com os desafios e pressões da vida sem se deixar “quebrar” ou “deformar”, ou seja, sem que sua saúde física, mental e emocional sejam prejudicadas.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, demonstrou que os riscos de sofrer de estresse cai pela metade naqueles que têm tal postura diante de sua realidade. E o melhor: esse modo de interagir com o mundo pode ser aprendido, desde que se queira. Se não conseguir sozinho, procure ajuda especializada. Confira algumas dicas para desenvolver sua resiliência:
- Aprimore sua autoestima, que lhe trará maior autoconfiança para acreditar em sua capacidade de superação e de tirar proveito das adversidade.
- Seja flexível diante das mudanças que a vida pode lhe impor. Quanto mais você resiste e se revolta, menos qualidade de vida e equilíbrio emocional.
- Não se culpe pelas emoções negativas que surgem diante dos desafios. Sentir raiva e medo faz parte do processo de superação. O importante é não se deixar dominar pelas emoções e, inteligentemente, buscar alternativas para dar a volta por cima.
- Seja uma otimista-realista, ou seja, acredite sempre no melhor, mas esteja preparada para o pior, caso aconteça. Isso é ter um plano B para as naturais surpresas do viver.
- Assim, diante de pressões e problemas, seja sábia! Em vez de fazer tempestade em copo d’água, faça do limão uma limonada, transformando dificuldades em oportunidades e desesperança em persistência.
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Consultorias: Bernard Miodownik, psicólogo; Regiane Machado, psicóloga; Marilda Novaes Lipp, psicóloga; Marina Delduca Cilino, psicóloga; Leonard Verea, médico psiquiatra.
Edição: Augusto Biason/Colaborador