Remédios são indicados para combater a ansiedade?

Recomendado apenas sob prescrição médica, o uso de remédios contra a ansiedade pode ser eficaz, mas pode trazer alguns efeitos colaterais

- Recorrer aos medicamentos apenas quando necessário e somente como recurso auxiliar ao tratamento ajuda a evitar o sofrimento e o aumento no risco do desenvolvimento de dependência. FOTO: Reprodução/Vinicius Tupinamba e Shutterstock.com

Na rotina frenética em que vivemos, ficar doente é encarado como perda de tempo, e quando se perde tempo, o dinheiro não vem. Por isso, a utilização de remédios pelo grande público, buscando com imediatismo a remissão de uma doença, é cada vez mais recorrente.

Remédios são indicados para combater a ansiedade?

Recorrer aos medicamentos apenas quando necessário e somente como recurso auxiliar ao tratamento ajuda a evitar o sofrimento e o aumento no risco do desenvolvimento de dependência. FOTO: Reprodução/Vinicius Tupinamba e Shutterstock.com

E, geralmente, isso ocorre sem uma prescrição médica, seguindo os conselhos de outras pessoas que tomaram medicamentos para determinados sintomas e apresentaram uma melhora significativa. Isso, porém, não quer dizer que o que funcionou para seu amigo beneficiará você da mesma forma.

Remédios, principalmente quando se tratam dos que combatem a ansiedade, podem ter efeitos colaterais severos, uma vez que modificam diretamente o funcionamento cerebral. Portanto, até qual ponto o tratamento medicamentoso contra os traços ansiosos realmente vale a pena?

Compensa?

A psicóloga Juliana Guimarães ressalta que o tratamento por meio de remédios deve ser avaliado e realizado de forma muito criteriosa. No momento em que a ansiedade começa a interferir em áreas importantes da vida da pessoa, “como sono, alimentação, foco e concentração no trabalho ou até mesmo dificultando o aproveitamento de um processo psicoterapêutico, caso o paciente esteja em terapia, com certeza é o caso de fazer um encaminhamento para uma avaliação com um psiquiatra para possível introdução de medicação específica”, destaca a profissional.

Entretanto, pelo fato de a ansiedade poder se tornar uma sensação crônica na vida do ser humano, fazer o uso constante de substâncias para cortar esse sentimento ao menor sinal de sua manifestação pode anular os benefícios que ele traz se controlado.

Mesmo as drogas apresentando resultados mais rápidos, recorrer a algumas terapias alternativas para deixar os sintomas ansiosos administrados é uma opção interessante, sem efeitos colaterais, mas que exige um pouco mais de paciência do paciente para sentir os benefícios.

Fechando as portas da ansiedade

Uma pesquisa publicada na revista científica Cell Reports, realizada por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou um meio de desativar a ansiedade. Esse processo, segundo o estudo, se dá pela desativação de proteínas chamadas de receptores de opioides kappa (KORs, em inglês). Elas atuam na regulação do neurotransmissor glutamato (liberado pela amígdala), um dos responsáveis por controlar a ansiedade no cérebro.

A descoberta, que ainda apresenta alguns pontos incertos para os pesquisadores, gera expectativas para a sintetização de uma nova medicação contra distúrbios ansiosos.

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Texto e entrevistas: Giovane Rocha/ Colaborador – Edição: Augusto Biason/ Colaborador

Consultorias: Alfredo Simonetti, psiquiatra e professor titular de psicologia médica do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo (SP); Juliana Guimarães, psicóloga e terapeuta familiar; Thais Rabanéa de Souza, mestre em psiquiatria, psicologia médica e especialista em neuropsicologia.

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