Qualquer pessoa está sujeita a esbarrar com dificuldades na hora de aprender. Isso assusta e pode até desanimar e desestimular. Por isso, os especialistas dão algumas dicas para contornar esses problemas e “aprender a aprender”. Confira!
7 passos para aprender cada vez melhor
– Busque sempre a motivação. “Se não há vontade por parte do aprendiz e se ele não entender por que quer aprender aquilo (seja andar de bicicleta ou fazer uma conta de multiplicação), a pessoa terá dificuldades para assimilar e colocar qualquer conteúdo em prática”, comenta a fonoaudióloga Lílian Kuhn;
– Tenha foco naquilo que está realizando. “Na nossa realidade atual, fazemos duas ou três atividades ao mesmo tempo e não conseguimos registrar muitas informações”, comenta Lílian;
– Especialmente para crianças que estão descobrindo e aprendendo coisas, o ideal é evitar ao máximo estímulos visuais e auditivos como TV, rádio ou ambientes com muita conversa;
– Novamente sobre o universo da aprendizagem infantil, pais, professores e terapeutas devem atuar como agentes facilitadores para, como aponta Lílian, “transformar a aprendizagem em uma experiência interessante, colocando as atividades na ótica dos alunos e sob temas de seus interesses”.
No caso de crianças e adultos com algum tipo de transtorno:
– Pais, pessoas próximas e profissionais devem conhecer muito bem cada paciente/aluno;
– Além disso, deve-se, nas palavras da fonoaudióloga, “entender quais são os ‘canais’ em que tal aprendizagem pode acontecer mais facilmente”;
– Por fim, conscientes do quadro que envolve o transtorno, é preciso rever os métodos de ensino e trabalhar no sentido de adaptar os materiais escolares conforme cada necessidade.
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Texto: Victor Santos
Consultorias: Clay Brites, pesquisador e doutorando do Laboratório de Dificuldades e Distúrbios da Aprendizagem e Transtornos de Atenção (Disapre) na Unicamp e professor do curso de pós-graduação de neuropsicologia aplicada à neurologia Infantil na mesma instituição; Cristiane M. Maluf Martin, psicanalista; Cristianne Vilaça, psicóloga junguiana; Lílian Kuhn, fonoaudióloga da clínica Fono&Com, em São Paulo (SP); Sheila Leal, psicopedagoga e fonoaudióloga, com especialização em dislexia.