Síndrome de Münchausen não tem causa específica; conheça os sintomas

A maioria dos portadores da síndrome de Münchausen passou por situações de abandono ou abuso na infância. Sintomas são difíceis de identificar

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Um distúrbio tão peculiar como a síndrome de Münchausen não teria uma causa tão clara. Em muitos casos, observou-se que o paciente que desenvolve o transtorno costuma ter tido alguma forma de abandono ou abuso na infância. Tampouco há uma faixa etária de predominância da manifestação, podendo ocorrer desde os primeiros anos de vida até a terceira idade, havendo uma ligeira predominância em homens. Normalmente existe alguma experiência ou contato com a área de saúde e traços de personalidade antissocial.

Síndrome de Münchausen não tem causa específica; conheça os sintomas

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Algumas teorias científicas apontam disfunções no cérebro de quem possui a síndrome, como a de anormalidades no hemisfério direito ou no sistema nervoso central. No entanto, ainda não há índices totalmente aceitos.

Diagnóstico

A síndrome de Münchausen é uma das mais difíceis de serem diagnosticadas, já que envolve sintomas físicos e psicológicos estimulados pelo próprio paciente, que costuma apresentar um extenso histórico de doenças e internações. Além disso, cada sintoma precisa ser minuciosamente averiguado, pois interfere no diagnóstico errado de outras doenças — o que faz com que a investigação seja demorada. Para complicar ainda mais, é comum que o distúrbio esteja associado a outros transtornos, como o de personalidade. Se o paciente não for flagrado provocando os sintomas, acaba sendo um diagnóstico que demanda altos custos, pois são necessários diversos exames, terapias e procedimentos invasivos para descartar outras doenças.

Segundo a Associação Psiquiátrica Americana, o critério para o diagnóstico é a produção intencional de sinais e sintomas físicos ou psicológicos, sem que o paciente obtenha algo em troca além de cuidados. Porém, como trata-se de um expert em simulação, a tarefa exige atenção dobrada dos profissionais de medicina. “O paciente vai adquirindo conhecimentos médicos que o ajudam a simular melhor os transtornos clínicos”, ressalta Fabio.

Como grande parte dos problemas de saúde, o diagnóstico precoce é o ideal para o sucesso do tratamento. No entanto, no caso de Münchausen ainda pode evitar o risco de procedimentos clínicos e cirúrgicos desnecessários. “Deve-se tentar clarificar tanto o diagnóstico clínico quanto psiquiátrico antes de se realizar qualquer procedimento invasivo”, destaca Fabiana.

Principais sintomas

  • Vontade em se submeter a diferentes exames e procedimentos, não importando o quão desconfortável ou dolorido pode ser;
  • Histórico médico incoerente;
  • Busca por vários médicos diferentes;
  • Profundo conhecimento sobre doenças e procedimentos hospitalares;
  • Recusa em deixar os médicos conversarem com familiares ou amigos;
  • Sinais físicos (febre, hemorragia, dores, etc) que melhoram sob supervisão médica, mas pioram quando o paciente é deixado sozinho.

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Consultorias: Fabio Gomes de Matos e Souza, psiquiatra no Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza (CE); Fabiana Benetti, psicanalista e especialista em psicossomática.

Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador

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