Quem nunca passou pelo incômodo de sentir o intestino cheio e não conseguir esvaziá-lo? Muitas pessoas sofrem com a prisão de ventre – especialmente as mulheres. Embora não seja uma doença, a constipação intestinal é a segunda maior queixa ligada ao sistema gastrointestinal.
O problema causa o endurecimento e ressecamento das fezes, provoca dor ao evacuar e distensão abdominal. Mas, o que fazer quando o intestino simplesmente esqueceu de funcionar? Um dos segredos é incluir a poderosa semente de linhaça na alimentação.
Raiz do problema
Muitos fatores podem contribuir para o mau funcionamento do intestino. Os mais frequentes estão ligados ao baixo consumo de fibras e líquidos. O sedentarismo, a idade avançada, a gravidez, a obesidade e o uso de medicamentos (diuréticos, analgésicos, calmantes, anorexígenos e antiácidos) também podem dificultar o trânsito das fezes.
Além disso, diabetes, hipotireoidismo, doenças neurológicas, depressão, hérnias abdominais, tumores gastrointestinais e outros distúrbios do intestino também causam prisão de ventre. Embora não seja um problema grave, toda prisão de ventre deve ser investigada por especialista, pois quadros crônicos podem levar a complicações como: fissuras na região do ânus, sangramento e hemorroidas.
Limpeza geral
Com 28% de fibras alimentares em sua composição, a linhaça ajuda a controlar os distúrbios intestinais. Os nutrientes reguladores podem ser do tipo insolúvel e solúvel. Os primeiros, não absorvidos pelo organismo, são como uma esponja no sistema gastroinstetinal, que, associados a quantidades abundantes de água, dão maior volume e maciez ao bolo fecal.
Desta forma, os excrementos são eliminados mais facilmente pelo organismo. Pesquisadores acreditam que a regularidade no trânsito das fezes também diminui os riscos de câncer no cólon, uma vez que a região do intestino fica em contato com toxinas por menos tempo.
Nutriente preventivo
Pectina, gomas e mucilagens são fibras solúveis contidas na linhaça. Em contato com a água transformam-se em um gel viscoso, que serve de alimento para bactérias benéficas do intestino. Também favorecem reações de fermentação, que produzem os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), preventivos contra inflamações intestinais e câncer na região. No sistema cardiovascular, os nutrientes retardam a absorção de glicose e reduzem os níveis de colesterol ruim no sangue.
De bem com a vida
Com o esvaziamento do intestino até a silhueta agradece. A sensação de estufamento vai embora e o inchaço na região abdominal também. A pele e o humor melhoram, uma vez que o organismo consegue eliminar as impurezas e a sobrecarga de fezes. As fibras, nutrientes de baixo teor calórico, ainda aumentam a sensação de saciedade e aplacam a gula.
Jeito certo
A linhaça pode ser encontrada em diversas formas: semente, farinha ou óleo. Se consumida crua, as sementes garantirão apenas fibras, pois a casca dura impedirá o acesso aos demais nutrientes, além de poder causar diverticulite (inflamação no intestino grosso) em pessoas com predisposição para a doença. Já o óleo de linhaça é riquíssimo em gorduras boas, mas, em contrapartida, elimina os benefícios proporcionados pelas fibras presentes na casca.
“A farinha é ideal para quem está preocupado com o intestino ou quer reduzir a glicemia e o colesterol”, explica a nutricionista Fernanda Granja. Isso porque, mesmo triturada no liquidificador, preserva fibras e nutrientes. Para conservá-la por até 3 dias, armazene em recipiente escuro, com tampa, na geladeira.
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