Dor, queimação ou ardência ao urinar, sensação de bexiga cheia mesmo tendo acabado de utilizar o banheiro, urina com mau cheiro, cor opaca e, às vezes, com sangue. Estes são apenas alguns sintomas de um problema cada vez mais comum: a infecção urinária. Apesar de pouco comentada, é uma das razões que mais levam pessoas a procurarem auxílio médico, ficando atrás apenas das doenças respiratórias.
Culpa da bactéria
A infecção urinária se caracteriza pela presença de microrganismos no aparelho urinário. Em geral, é causada por bactérias (embora também possa ser desencadeada por vírus e fungos) que entram pela uretra. Os microrganismos podem se instalar na própria uretra e próstata ou avançar para a bexiga e, em casos mais raros, atingir os rins. “Entre 80 e 95% dos casos a responsável pela infecção urinária é a bactéria Escherichia coli”, explica a ginecologista Mara Diegoli.
Como diagnosticar
Ao notar qualquer dos sintomas descritos aqui, o ideal é procurar um médico e fazer exames de urina (simples e urocultura). Em alguns casos, especialmente em crianças e pessoas com histórico de infecções urinárias, pode ser solicitado pelo médico uma ultrassonografia para detectar se há defeitos congênitos das vias urinárias.
Tratamentos
Na maioria dos casos, a simples adoção de medidas preventivas de higiene e cuidados na relação sexual já são suficientes para evitar ou até tratar infecções urinárias. No entanto, em situações mais graves, principalmente quando o problema afeta os rins, um médico poderá indicar antibióticos. “Caso a pessoa tenha defeitos congênitos ou adquiridos das vias urinárias, o que pode gerar uma repetição das infecções, é possível que o médico recomende uma cirurgia”, afirma a ginecologista.
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Por que a infecção afeta mais as mulheres?
Quando o assunto é infecção urinária, as mulheres têm uma desvantagem anatômica. A uretra (canal que transporta a urina) feminina mede de 3 a 4 centímetros, enquanto nos homens esse mesmo canal tem cerca de 10 centímetros. Outra desvantagem é que a vagina fica muito próxima do ânus, facilitando o contato das bactérias com a uretra, que é a porta de entrada para as infecções urinárias.
Texto Redação Alto Astral / Consultoria Mara Diegoli, ginecologista