Com peso entre 15g e 25g na fase adulta, a glândula tireoide é uma das mais lembradas quando o assunto é a produção hormonal e sua grande importância para que o organismo possa trabalhar em harmonia. Localizada na região da traqueia (entre a base do pescoço e o chamado pomo de Adão), seu formato lembra uma borboleta e suas funções resumem-se basicamente na produção de dois hormônios indispensáveis para a saúde: o tiroxina (conhecido como T4) e tri-iodotironina (chamado de T3). Quando a tireoide apresenta algum tipo de disfunção – problema que pode ser diagnosticado com um simples exame de rotina -, o corpo pode sofrer com sérias consequências, dentre elas, alterações de humor e mudança de peso corporal.
Fatores de risco
O fator hereditário é um ponto muito importante a ser investigado quando a tireoide apresenta algum tipo de disfunção. Interferências cirúrgicas na região e até mesmo influências radioativas (por conta de tratamentos anticancerígenos, por exemplo), também podem desencadear o problema. “O déficit hormonal (hipotireoidismo) pode ocorrer por uma inflamação crônica imunológica (tireoidite), após cirurgias da tireoide (tireoidectomia total), por carência de iodo (bócio endêmico), após irradiação por iodo da glândula (terapia para hipertireoidismo ou câncer da tireoide) ou por deficiência de estímulo da glândula mãe (hipófise)”, explica a endocrinologista Mônica Tavares.
Influência do prato
A alimentação também pode influenciar no trabalho da glândula. “Nutrir a tireoide é fundamental. Muitos alimentos ajudam a melhorar a função dessa glândula que comanda o metabolismo. Outros podem interferir negativamente, os chamados alimentos bociogênicos (que dão bócio), pois alteram a captação de iodo pela tireoide”, ressalta a nutróloga e médica ortomolecular Tamara Mazaracki.
Para acelerar!
Leite, queijo e iogurte: além de serem fontes de proteínas, esses alimentos são ricos em cálcio, um mineral responsável pela saúde dos ossos. Quem tem hipertireoidismo pode sofrer com a perda dessa nutriente tão importante à saúde. “Uma tireoide muito ativa pode interferir no metabolismo do cálcio. O excesso de hormônio da glândula pode reduzir a massa óssea, aumentando o risco de osteoporose. Portanto, uma dieta rica em cálcio ajuda a combater esse problema porque aumenta a densidade óssea”, frisa Paula.
Ovo, ostras, sardinha, cogumelos e bife de fígado: sabe o que esses alimentos têm em comum? A resposta é simples: a vitamina D. Apesar de grande parte do nutriente ser adquirido pela exposição ao sol – de preferência até as 10 horas ou após as 16 horas – é possível garantir a vitamina por meio desses alimentos. A substância é responsável por facilitar a absorção de cálcio, tão importante para quem sofre com o trabalho excessivo da glândula. “A vitamina D fortalece os ossos, melhorando a absorção do cálcio”, confirma a nutróloga.
Abacate, mamão, acelga e sementes de girassol: esses alimentos são fontes de vitamina E, um poderoso antioxdante que combate os danos oxidativos causados pelo hipertireoidismo. “A vitamina E é uma aliada e tanto as saúde devido ao seu poder antioxidante. Ela defende as células da ação dos radicais livres, um dos grandes responsáveis pelo envelhecimento da pele. Além disso, protege contra a radiação solar, toxinas da poluição e mantém a integridade geral da pele”, lista a nutricionista Gabriela Maia.