Muito se fala sobre hipnose, mas muitos ainda têm dúvidas sobre esse método, afinal, nem todos entendem como ele pode ser utilizado no tratamento de doenças. E não é só isso: o sensacionalismo criado por apresentações em shows e televisão cria mitos e gera desconfiança sobre a hipnose, o que impede que muitas pessoas a busquem para tratar seus problemas psicológicos.
Como funciona a hipnose
Resumidamente, a hipnose ocorre quando a consciência encontra-se em um estado alterado, diferente das formas comuns de vigília e de sono. Segundo João Alexandre Borba, psicólogo e coach, quando a pessoa está hipnotizada ela se torna altamente sugestionável, seja por ela mesma ou por outra pessoa. “E é exatamente por ela estar nessa espécie de transe que conseguimos trabalhar com ela, descobrir traumas de infância, no inconsciente, fazer regressões e fazer com que ela se lembre de problemas que foram reprimidos por algum motivo”, afirma.
Porém, ao contrário do que se pensa e se teme, o indivíduo, mesmo sob hipnose, não é capaz de revelar segredos ou realizar ações contra a sua vontade. “Isso acontece porque existe uma relação de confiança entre o paciente e o hipnólogo e, se ela for rompida, o estado de transe do paciente é interrompido imediatamente”, ressalta o especialista.
O que trata
Borba explica que uma das funções da hipnose é tratar doenças consideradas funcionais, ou seja, que não implicam em lesões ou comprometimentos estruturais dos órgãos humanos. “Algumas das doenças que podem ser trata das com muita eficácia pela hipnose são as enxaquecas, algumas tonturas e vertigens, gastrites, asmas brônquicas, rinites alérgicas, roncos, apneia do sono, incontinência urinária, tensão pré-menstrual, impotência psicológica, ejaculação precoce, diminuição da libido, doenças da pele de fundo emocional, hipertensão e certas arritmias cardíacas”, enumera.
Além disso, doenças do sistema imunológico que tenham como principal causa os problemas emocionais também podem ser tratadas – e até curadas! – com o auxílio da hipnose. Enfermidades psicológicas como fobias, medo, depressão, síndrome do pânico, transtornos alimentares, vícios, desvios comportamentais, TOC e ansiedade também podem ser tratados com o método. “Ele pode diminuir o sofrimento do paciente, ajudando-o a resgatar a serenidade e o equilíbrio”, explica o psicólogo.
Texto: Giovana Sanches
Consultoria: João Alexandre Borba, psicólogo e coach
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