Irritabilidade, agitação, intolerância ao calor, sudorese, tremores, palpitações, fadiga… Esses são alguns indícios de que a glândula pode estar produzindo hormônios em excesso, o que caracteriza o hipertireoidismo.
O problema ainda pode causar diminuição da libido, alterações menstruais e fraqueza muscular. Esses sintomas estão relacionados, principalmente, à aceleração do metabolismo – por isso, é comum que muitas pessoas que sofram com o distúrbio apresentem perda de peso. “O hipertireoidismo leva a uma produção hormonal maior, dando origem a taquicardias, tremores finos de extremidades, aumento da sudorese, pele quente, diarreia, perda de peso, insônia, agitação psicomotora, irregularidade menstrual, calores e até arritmia cardíaca. As causas vão desde tumores hipofisários, alguma fase da tireoidite, nódulos benignos na tireoide autofuncionantes, excesso de iodo e doença imunológica (Basedow Graves)”, salienta a endocrinologista Mônica Tavares.
Em contrapartida, o hipotireoidismo é caraterizado pela queda de produção da tireoide. “O problema pode ser congênito (daí a importância do teste do pezinho), causado por uma inflamação crônica imunológica (tireoidite), após cirurgias da tireoide (tireoidectomia total), por carência de iodo (bócio endêmico), após irradiação por iodo da glândula (terapia para hipertireoidismo ou câncer da tireoide) ou por deficiência de estímulo da glândula mãe (hipófise). Os sintomas incluem intolerância ao frio, pele seca, unhas quebradiças, sonolência, constipação intestinal, ganho de peso, bradicardia (batimentos cardíacos lentos), lentidão no raciocínio, déficit de memória, alterações no ciclo menstrual nas mulheres e infertilidade, perda da libido e fraqueza muscular”, completa Mônica.
Como detectar o hipo e hipertireoidismo?
Mesmo que a pessoa não apresente os sintomas característicos dos distúrbios, o recomendado é realizar exames de dosagem hormonal regularmente, especialmente após os 40 anos. Para descobrir o problema, o exame é feito a partir de uma amostra de sangue. Dessa forma, quando diagnosticado o distúrbio, o endocrinologista indicará o melhor tratamento.
Após a descoberta
No caso do hipertireoidismo, o médico pode optar pelo chamado tratamento definitivo ou pelo uso de medicamentos contínuos. No segundo caso, é preciso repor os hormônios tireoidianos: desde que as doses estejam adequadas, o distúrbio pode ser controlado. Também podem ser indicados outros tipos de medicamentos, como os beta-bloqueadores, que não reduzem os níveis do hormônio tireoidiano, mas controlam sintomas como frequência cardíaca acelerada, tremores e ansiedade. Quando se fala em hipotireoidismo, o tratamento é feito com a reposição de hormônios por meio de comprimidos e, geralmente, deve perdurar pelo resto da vida. No entanto, uma vez iniciado o tratamento, os sintomas tendem a cessar e o paciente pode ter uma vida normal. Mas é importante passar por consultas periódicas, a fim de monitorar a glândula e ajustar as dose dos medicamentos, caso necessário.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Mônica Tavares e Roberta Henriques, endocrinologistas
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