A gravidez é um momento de cuidados especiais com a saúde. A hipertensão na gestação é uma das maiores preocupações, pois pode, em casos extremos, causar a morte da mãe e do bebê. É necessário fazer acompanhamento médico e medir frequentemente a pressão para evitar complicações. Mas, afinal, como é possível ter maior controle sobre o problema? Confira!
Quem pode ter?
Não tem como prever quem terá hipertensão nesta fase, porém mulheres que já tenham pressão alta antes da gravidez precisam ficar atentas. Gestantes com mais de 35 anos, adolescentes e mulheres na primeira gestação também correm maior risco de desenvolver hipertensão.
Caracterização
Segundo a ginecologista Mara Diegoli, nos dois primeiros trimestres de gravidez, a pressão tende a cair, podendo causar desmaios na grávida. “No terceiro trimestre a pressão deve voltar ao normal. Se ultrapassar 13 X 9 , então está caracterizada a hipertensão na gravidez”, alerta a especialista.
O que causa?
A hipertensão durante a gravidez ocasiona uma vasoconstrição, ou seja, uma diminuição no diâmetro dos vasos sanguíneos. Isso faz com que chegue menos oxigênio e alimento ao feto. “A falta de oxigênio gera um menor crescimento fetal do que o esperado para a idade gestacional e acaba evoluindo para a morte intraútero. Portanto, a hipertensão fora do controle em gestante é gravíssima, tanto para a mãe quanto para a criança”, esclarece Mara.
Tratamento
O tratamento da hipertensão nesta fase é feito com medicação e repouso. Em casos mais graves, é necessário internação e medicamentos. No entanto, é preciso consultar um médico, pois algumas medicações não podem ser usadas por gestantes.
Complicações
Quando a hipertensão é acompanhada de inchaço e perda de proteína pela urina tem-se a pré-eclâmpsia. “A pré-eclâmpsia é um quadro grave, que pode levar ao óbito do feto, ou da mãe, caso a pressão continue aumentando”, enfatiza Mara Diegoli. O agravamento dessa situação se dá quando a gestante começa a ter convulsões também. É a chamada eclâmpsia. “O edema (inchaço) é tão intenso que está levando ao comprometimento do cérebro. Nestes casos é obrigatória a internação e administração endovenosa de anticonvulsivantes e anti-hipertensivos”, explica a ginecologista. Para prevenir esse quadro é necessário tratar a hipertensão assim que ela surgir.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Mara Diegoli, ginecologista e obstetra
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