Em todo o mundo, cientistas têm buscado não apenas a cura para o Alzheimer como também formas de prevenir a doença. Embora não haja cura nem como impedir seu desenvolvimento, pesquisas indicam que a mudança de hábitos e a inserção de algumas atividades no cotidiano podem adiar o aparecimento de sintomas ou amenizar seus efeitos.
A geriatra Fernanda Terribelli enfatiza a importância conhecer os fatores de risco modificáveis de desenvolver demências como o Alzheimer. “Quando esses riscos são identificados, tratados e cuidados, podem contribuir na prevenção da doença”, aponta. Veja a seguir 6 formas de retardar a chegada da doença.
1. Diminuir o consumo de pães, massas e frituras
“O excesso de carboidratos simples e gorduras tem relação com a degeneração das artérias, comprometendo a boa circulação cerebral”, lembra Suyen A. Miranda, gerontóloga;
2. Abolir o açúcar
“O diabetes está intimamente ligado ao Alzheimer”, revela o neurologista Martin Portner. “Evitar a ingestão de açúcar mantém o cérebro mais saudável”;
3. Beber sucos de frutas e vegetais crus
O consumo três vezes por semana reduz o risco de desenvolver a doença em 76%, segundo Martin;
4. Comer três porções de verduras e legumes ao dia
Segundo o neurologista André Gustavo Lima, esse consumo “pode rejuvenescer a idade cognitiva de uma pessoa em cinco anos”;
5. Adicionar um suplemento de vitamina K
“Ela desempenha papel crucial no antienvelhecimento e pode prevenir a doença”, lembra Portner, que recomenda o consumo por meio de vegetais de folhas verdes;
6. Comer frutas
“Encontrada em morangos e mangas, a fisetina tem propriedades anti- -inflamatórias que foram capazes de combater o início do Alzheimer em ratinhos de laboratório”, afirma Portner.
LEIA TAMBÉM
- Além da perda de memória: veja as fases e a evolução do Alzheimer
- Remédios podem ser efetivos no tratamento do Alzheimer
- Casos de Alzheimer necessitam de cuidados especiais
Consultorias: André Gustavo Lima, neurologista, membro do Departamento Científico de Doppler Transcraniano da Academia Brasileira de Neurologia e membro do Departamento Científico de Acidente Vascular Cerebral da mesma instituição; Fernanda Terribili, geriatra da clínica Doktor’s, de São Paulo (SP); Karina Hatano, médica do exercício e do esporte; Martin Portner, neurologista, mestre em neurociência pela Universidade de Oxford, escritor e palestrante; Suyen A. Miranda, gerontóloga da Velhice Com Carinho.
Texto e entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Augusto Biason/Colaborador