Eventos dolorosos e problemas não resolvidos podem desenvolver depressão

Episódios traumáticos, como assalto e morte de um ente, e dificuldades em entender e lidar com a vida são fatores que podem desencadear a depressão

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Falando de questões práticas, que tipo de situação pode levar a um estado de depressão? “Pessoas que passam por situações de estresse prolongado ou que estão sujeitas a situações de tensão constante e violência são mais propensas a enfrentar esse transtorno”, explica a psicanalista Cristiane Vilaça. O psicólogo Bayard Galvão segue nessa mesma linha, apontando que acontecimentos intensos como assalto, estupro ou morte de um filho, por exemplo, podem colaborar para a chegada da depressão.

Eventos dolorosos e problemas não resolvidos podem desenvolver depressão

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O especialista revela ainda as outras duas faces mais comuns das causas dessa doença. “Ela pode vir por conta de formas de entender e lidar com a vida, resultado de pensamentos do tipo ‘nada vale a pena’, ‘as pessoas são ruins ou egoístas demais’, ‘nenhum relacionamento dá certo’, ‘tudo dará errado’, ‘tudo de bom acaba’, ‘ninguém me ama’ e ‘sou chato e feio’”, aponta.

Sobrecarga

Ou então, de acordo com Bayard, pode decorrer do acúmulo de acontecimentos dolorosos de baixa ou média intensidade, como demissão, falta de dinheiro, trabalhar com o que não se gosta, solidão ou relações afetivas ruins.

Assim, é possível que tudo esteja relacionado a uma sobrecarga de problemas sem resolver. “Imaginemos que cada pessoa tem uma mochila que carrega todos os dias, e que os problemas da vida não resolvidos são tijolos que vão sendo colocados dentro dela. Uns aguentarão dez tijolos, outros cinquenta, mas todos têm seus limites. Aí, um dia, ao colocar o vigésimo tijolo, a pessoa cai exausta, dizendo: ‘foi pesado o último tijolo’, quando na realidade, foi apenas a ‘gota d’água’”, sintetiza o psicólogo.

 

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Consultorias: Alex Machado; professor de psicologia da Faculdade Pitágoras de Linhares (ES); Bayard Galvão; psicólogo, hipnoterapeuta e palestrante; Cristiane Vilaça, psicanalista; Valéria Lopes da Silva, professora de psicologia da Faculdade Anhanguera de Anápolis (GO).

Texto: Victor Santos – Entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Augusto Biason/Colaborador

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