Dieta: por que nosso cérebro dificulta esse momento?

Entenda as emoções relacionadas ao ato de comer, e saiba definitivamente por que nosso cérebro tem uma tendência a querer sabotar e dificultar a dieta

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“Saco vazio não para em pé”, já dizia o ditado popular. Do ponto de vista evolutivo, a fome é uma resposta involuntária do organismo diante da carência de nutrientes. Como se já não fosse o bastante para nos alertar a respeito dessa necessidade primordial, a natureza tratou de associar também a sensação de prazer à comida. E esse é um dos principais pontos que dificultam nossa vida na hora da dieta.

Dieta: por que nosso cérebro dificulta esse momento?

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Cérebro sabotando a dieta?

Todo esse processo se dá por meio de um circuito conhecido como recompensa cerebral. “Quando estimulamos esse circuito, sentimos prazer e, com isso, também ativamos nossas memórias e emoções. Isso acontece porque, no sistema neural, há uma alteração na liberação do neurotransmissor chamado dopamina, responsável pela sensação de prazer. Quando realizamos algo que gera esse tipo de satisfação, ocorre a liberação de dopamina e, assim, nos motivamos e repetimos a ação para obter a mesma sensação de bem-estar mais uma vez”, descreve a psicóloga Virgínia Aquino.

Portanto, os mais variados recantos da nossa mente são estimulados durante o ato de comer, como explica o psiquiatra Leonard Verea: “A alimentação envolve história familiar, lembranças, sentimentos e hábitos sociais. Seu aspecto psicológico está diretamente ligado ao aleitamento materno, pois é o primeiro contato do recém-nascido com o mundo. É também quando surgem as primeiras sensações de gratificação, frustração, voracidade e avidez”.

É igual ao mecanismo envolvido na libido, por exemplo. Sob uma ótica meramente racional, o desejo sexual – que tanto mexe com nossa cabeça – nada mais é que uma forma de reforçar a necessidade do Homo sapiens de copular e garantir sua sobrevivência ao longo de novas gerações. Uma vez que comer (assim como fazer sexo) é algo que todos consideram muito bom, torna-se até certo ponto compreensível a situação de quem se entrega por completo a esse prazer irrefreável. Em vez de dominá-lo, torna-se dominado.

 

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Texto: Larissa Tomazini – Edição: Victor Santos

Consultorias: Leonard Verea, psiquiatra; Virgínia Aquino, psicóloga

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