Quando o assunto são os problemas de pele dos pequenos, nem sempre o diagnóstico é o que parece ser à primeira vista. Muitas vezes, aquilo que a mamãe acredita se tratar de uma simples assadura podem ser lesões provocadas por fungos, que exigem tratamento especial. Em contrapartida, os sintomas de caspinhas no pequeno são do que o reflexo de hormônios passados de mãe para filho através do leite materno. Para tirar todas as suas dúvidas, aprenda a identificar as principais dermatites que podem acometer o bebê a partir dos seus sintomas.
Assadura
O próprio nome já revela bastante sobre esse incomôdo, também conhecido como dermatite de fralda. O problema acontece devido ao contato direto da pele com bactérias presentes na urina, nas fezes e no suor. Teoricamente, o diagnóstico é fácil, uma vez que as assaduras se concentram apenas na região abrangida pela fralda, deixando a área vermelha e irritada. Para tratar as assaduras, caprichar na higiene do local e reduzir o tempo em que o bebê fica de fralda costuma dar conta do recado.
Dermatites por cândida
Se mesmo com todos os cuidados as assaduras do bebê não regredirem, comece a suspeitar da dermatite por cândida. Ela é provocada pelo fungo Cândida albican, presente normalmente no intestino humano, mas que pode se transformar num vilão em casos de baixa imunidade. Como as defesas dos bebês ainda estão em formação e há um contato contínuo entre fezes e pele com o uso das fraldas, o pequeno acaba se tornando uma presa fácil. O aspecto dessa dermatite é como o de ulcerações vermelhas e brilhantes. Para tratá-las, é necessário uma pomada específica, receitada por um pediatra.
Sapinho
É mais uma das dermatites causadas pelo fungo Cândida albican, porém o alvo é a boca do pequeno. “Também chamado de estomatite cremosa, o sapinho é comum nos recém-nascidos quando ainda não se estabeleceu a flora microbiológica da boca”, explica a dermatologista Alessandra Bisi Nicolau. As lesões causadas por sapinho são bastante características: pontinhos brancos cobrem a língua, a gengiva e, em alguns casos, os lábios do bebê. “Para ajudar no tratamento, devem ser tomados alguns cuidados básicos com a higiene do bebê. Evite o uso de sabão, pomada e óleos irritantes na região afetada, troque frequentemente as fraldas e enxugue bem a região da fralda logo após o banho”, acrescenta a dermatologista.
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Dermatite atópica
Essa é uma das poucas dermatites não são causadas por nenhum agente. Sua origem é genética, estando associada à asma e à rinite alérgica. O problema é caracterizado por um ressecamento da pele, acompanhado de descamação, vermelhidão e coceira. As lesões atingem a face e as dobras dos braços e pernas.
“Não há cura, de modo que o tratamento visa o controle da afecção. A complicação mais frequente é a infecção das lesões devido ao ato de coçar por parte da criança”, explica Alessandra. A dermatite atópica tende a melhorar com a idade. “É importante vestir o bebê com roupas leves, que permitam a ventilação da pele. Os banhos devem ser mornos e rápidos, com sabonetes neutros e sem fragrância, uma vez ao dia”, completa.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria Alessandra Bisi Nicolau, dermatologista