Caracterizada por ser o ponto máximo do estresse profissional, a síndrome de burnout pode levar ao esgotamento físico e emocional do trabalhador. Por envolver diretamente o ambiente de trabalho, as primeiras atitudes a serem consideradas devem estar relacionadas a esse local.
“Algumas medidas podem ser tomadas pela própria empresa, como estabelecer programas destinados à qualidade de vida, com momentos para ginástica laboral, relaxamento, repouso entre os turnos, sala de descanso, entre outras possibilidades”, afirma Maria Cristina De Stefano, psiquiatra.
Algumas mudanças também podem ser feitas em outros âmbitos da vida para tornar o trabalho mais agradável e, assim, superar ou amenizar os sintomas que causam esse esgotamento. “Reorganização das tarefas, aumento de atividades em busca de prazer, fazer atividades relaxantes (como yoga e meditação), praticar exercício físico, principalmente caminhada e pilates para aliviar o estresse, são alguns exemplos para reduzir os riscos”, cita Andrea Deis, master coach. Além disso, é importante manter uma comunicação sincera e direta com todos, compartilhar suas ideias e dificuldades com a equipe, assim como estabelecer metas que condizem com a realidade.
Quando o quadro se agrava, procurar ajuda médica se torna essencial para o diagnóstico e para a recuperação física e mental do paciente. “Um dos auxílios mais importantes para a vida emocional do trabalhador é a psicoterapia, como técnica de suporte, ventilação dos problemas que o estão afligindo, possibilitando e promovendo seu desenvolvimento pessoal, profissional e social”, frisa Maria Cristina.
Por meio desse tratamento, é possível trabalhar com as peculiaridades do indivíduo e, assim, proporcionar a melhora de acordo com a realidade social e profissional vivida por ele. “Cada ser humano tem suas preferências quanto a práticas de satisfação para consigo mesmo e com os demais. Não levá-las em consideração pode ocasionar desequilíbrios nos diversos papéis que desempenhamos”, complementa.
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Consultorias: Andrea Deis, master coach; Gislaine Aude Fantini, psicóloga; Maria Cristina De Stefano, psiquiatra.
Texto e entrevistas: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador