Sete marcas de azeite de oliva foram consideradas impróprias para consumo e acusadas de fraude pela Proteste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Em suas composições foram encontradas não só misturas de óleos vegetais e animais, como propagandas enganosas, informando serem extravirgem quando não são.
As marcas são: Tradição, Figueira de Foz, Torre de Quintela, Pramesa e Lisboa, todas importadas e apenas algumas engarrafadas no Brasil. Outras duas marcas também foram apontadas, mas conseguiram uma liminar na justiça impedindo a divulgação de seus nomes.
Testes
Foram testadas 24 marcas, sendo que 17 foram classificadas como sendo de boa qualidade. O objetivo da análise, segundo a Proteste, é tornar acessível ao consumidor todos os dados possíveis a respeito dos produtos que ele está adquirindo, desde a sua fabricação até o valor encontrado nos supermercados.
Para chegar ao veredito, a Proteste investigou os conteúdos em laboratórios de Portugal, indicados pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). Todos os resultados e metodologias aplicadas foram explicados aos fabricantes antes de serem divulgados. Os produtores ou importadores que cometeram as fraudes também receberão uma multa.
Pureza do azeite de oliva
Para indicar a pureza do azeite de oliva há diversos fatores a serem levados em consideração, como o diagnóstico sensorial, que avalia aroma e sabores. Caso os testes indiquem adulteração, destoando do que está previsto na legislação, o produto não é considerado puro.
Um dos principais problemas encontrados na avaliação é a adição de outros tipos de óleo ao azeite de oliva. Isso porque, para ser puro, o azeite só pode ser originado de um único óleo, vindo da azeitona. Sendo assim, as marcas que não possuem apenas essa matéria-prima em sua composição não podem ser consideradas azeite. O principal impacto é que não é recomendado usar óleos com outra composição, que não o azeite de oliva puro, em saladas e no pão, por exemplo.
Os piores e melhores para consumo
Na lista de azeites de oliva que foram rotulados como fraudulentos estão: Tradição, Figueira de Foz, Torre de Quintela, Pramesa e Lisboa. Seus principais problemas são a soma de óleos de sementes oleaginosas em suas substâncias, ou seja, que não provém da azeitona, além da classificação errônea como extravirgem. Já as 6 melhores marcas para consumo são: O-Live (considerada de excelente qualidade), Qualitá, Carrefour Discount, Filippo Berio, Andorinha e Carbonell.
Ajudando a melhorar
A Proteste avalia a qualidade dos azeites de oliva desde 2002, com já 5 testes realizados desde então. A cada exame e denúncia, diversas melhorias podem ser observadas nos produtos. Por exemplo, em 2012, foi considerada obrigatória a presença da data de fabricação e engarrafamento na embalagem, assim como as recomendações sobre o armazenamento e a conservação do produto após aberto. Todos esses progressos foram obtidos após as queixas da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor
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