Com a média móvel de casos de Covid-19 voltando a bater recordes, principalmente por conta da variante ômicron, um outro assunto veio à tona: o autoteste de covid. Essa é uma importante ferramenta em outros países como a Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos e funcionaria como um “processo de triagem” entre os casos que vem surgindo.
Atualmente, essa possibilidade de teste não é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, o Ministério da Saúde já fez a solicitação para a aprovação desse tipo de recurso. Com o retorno no crescimento de casos, há uma preocupação em não sobrecarregar o SUS.
Além disso, os testes laboratoriais de Covid-19, como o RT-PCR, possuem um preço elevado e não são todos que conseguem arcar com esse valor.
Testes sem autorização
Hoje (26), a Anvisa determinou o recolhimento de dois tipos diferentes de autoteste de Covid. Sendo assim, a partir de agora está proibida toda comercialização, distribuição, fabricação, importação e propaganda desses exames, justamente por eles não possuírem registro junto a autarquia. Ou seja, são considerados irregulares.
Afinal, por que o autoteste de Covid é proibido?
Existem alguns motivos para o autoteste de Covid ainda não ter autorização para venda no Brasil. A primeira delas é por conta de uma portaria da Anvisa que existe desde 2015 que diz que é proibida a autotestagem de doenças que requerem uma notificação compulsória às autoridades sanitárias.
Em outras palavras, isso significa que qualquer doença grave que exige um esforço maior para ser contida – como a Covid-19, já que é necessário preencher toda uma documentação para ser repassada ao Governo Federal – não pode ser autotestada.
Ainda assim, o Ministério da Saúde criou o programa “Diagnosticar para Cuidar”, numa tentativa de pré-diagnosticar esses casos de Covid-19, sem sobrecarregar o Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, aqueles que demonstrassem sintomas poderiam fazer o autoteste de Covid e, em caso positivo, poderiam procurar por unidades de saúde.
No entanto, a própria Anvisa vetou o uso de autotestes na última quarta-feira (19) por apresentar lacunas sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes que testassem positivo para Covid-19. Por fim, ainda não há um prazo definido para o uso desse recurso na detecção prévia de Covid.
Fontes: CNN e Folha de São Paulo.